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Estado forte e liberdades fracas

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Sigo, a passos firmes, os princípios fundamentais do liberalismo: as liberdades individual e econômica, uma genuína justiça “justa” e a igualdade de oportunidades, não de resultados!

Democraticamente, o povo brasileiro escolheu uma pauta reformista liberal para a economia e a esperança de um país mais livre e com maiores chances de alcançar a prosperidade. Refletiu-me um certo brilho de que poderíamos romper com o estamento burocrático das costumeiras oligarquias políticas e empresarias, e debutar no salão de festas do protagonismo do indivíduo frente ao mastodôntico poder do Estado tupiniquim.

Apesar de nossa “democracia” completamente disfuncional e de nosso “Estado de Direito” que assegura somente o (des)direito das tradicionais castas verde-amarelas, acreditava que a liberdade econômica possibilitaria, pelo menos, que as pessoas pudessem ter maior liberdade para empreender e fazer suas próprias escolhas de vidas, sem o temor e a insegurança das sempre presentes ameaças e punições do genioso padrasto Estado brasileiro. Porém, tenho a “leve” percepção de que essa “democracia” pau brasil foi construída para que apenas uma minúscula parcela dos brasileiros seja afortunada; e infelizmente não é a grande massa dos comuns como eu!

Pensei que os ares do liberalismo estariam pairando sobre nossos verdes campos, e que o sistema de incentivos para os processos de inovação úteis e de criação de riqueza poderiam, de fato, estar se alterando para o óbvio ululante, aqueles que nossas instituições políticas e sociais insistem em resistir. Na verdade, ansiei por uma brecha de chance para a emergência de um Estado liberal que nos posicionasse rumo ao caminho do desenvolvimento econômico, reverberando para o social, não para essa realidade de autoritarismo e da ilegalidade de um STF que legisla para manter o poder oligárquico e para perseverar, com seu esdrúxulo ativismo, no sonho coletivista ilusório e contraproducente.

É somente por uma efetiva liberdade econômica que podemos incentivar os brasileiros a acreditar em seu valor individual, a empreender, a investir, e botar em prática o “mágico” processo da incessante destruição criativa, descobrindo novas e melhores formas de inovar em valor para si próprios e para toda a sociedade. Inovar em processos produtivos, em novas ideias e conceitos, em novos modelos de gestão, em novas tecnologias e na própria mentalidade de que é crucial ter incentivos para criar o novo de maneira sistemática e sustentável. Mas essa liberdade só surge factualmente quando há um equilíbrio, ainda que instável, entre Estado e sociedade.

O governo atual vinha tentando implementar reformas estruturais essenciais para um maior protagonismo do indivíduo frente ao Estado e para a criação de um ambiente de negócios mais favorável aos investimentos privados nacionais e internacionais. Entre tais medidas, compulsoriamente, é preciso reformar o gigantesco Estado brasileiro. Parecia-me que a maior parte da sociedade civil dava carta branca para que houvesse tal transformação, pois o povo quer mesmo receber serviços públicos de saúde, de educação, de segurança, de infraestrutura… de melhor qualidade e a preços mais baixos.

Os brasileiros se mobilizaram – e continuam pressionando – a fim de moldar o Estado a uma medida mais limitada e focada justamente no necessário e indispensável para a vida popular.
Os apelos de uma parte da população pela modernização do Estado continuam intensos para frear a força e a coerção estatal de forma a torná-lo mais eficiente e mais justo com aqueles que efetivamente pagam a conta.

Porém, outra parcela dos brasileiros continua no firme propósito de não deixar o governo governar. Democracia para essa parcela só vale quando eles vencem nas urnas, caso contrário nada como exercer sua “retrograda resistência”, literalmente, antidemocrática! Aliás, desde o discurso de posse do presidente a mensagem dos “progressistas de araque” já era bem clara e objetiva: não aceitaremos o PR (fascista, nazista, homofóbico, racista…) eleito!

Essa resistência, composta de seus líderes que desejam retornar ao doce lar das benesses estatais, juntamente com seus membros populares que continuam sectários aos dogmas coletivistas, sempre se opuseram a razão, a verdadeira ciência e aos ideais liberais. Suas nobres causas ainda são inspiradas nas filosofias francesas e em seus ideais revolucionários, fazendo-os persistir na desconstrução do mundo, acionando sua tábula rasa e branca para reescrevê-lo, na meta de eliminar todo e qualquer resquício do permanente ranço do opressor modelo “capitalista” e das estruturas de poder dos mais fortes sobre os fracos e oprimidos. Ainda não cansaram desse papinho morfético e devastador…

E o vento do acaso trouxe um grande aliado as suas causas tribais. Veio do Estado, claro, da ditadura do judiciário e de parte de políticos fisiológicos da Câmara e do Senado, além patentemente do partido da mídia marrom e vermelha golpista. Essas instituições apodrecidas não querem perder a “boquinha”, encontrando-se apoderadas e intensamente fortes para exercerem como nunca o seu despotismo, atacando, retirando e cerceando às liberdades individuais dos brasileiros.

As tentativas para o êxito da resistência têm sido inúmeras e nefastas. A pandemia do coronavírus deu ainda novo ânimo para a trupe. O discurso ilusionista ilude de verdade: é a irracionalidade racional e a ignorância racional.

Que saúde do povo que nada! Chegava a hora do “juízo final”, do momento “Eureca” para a derrubada triunfal…

Nesse país do faz de conta, tais elites políticas acharam mais uma grandiosa oportunidade para corromper e roubar da saúde dos tupiniquins, para enfraquecer o governo na sua luta que vinha sendo bem-sucedida com suas medidas para conter o crescimento da irresponsável dívida pública, e sobretudo, para colocar em relevo a supremacia e a manutenção dos ideais estatistas do Estado grande e paternalista. Colocaram mais água – suja – no feijão das indispensáveis liberdades individual e econômica. Não há quem consiga resistir a essa (in)justiça e aos movimentos ditatoriais e autoritários que roubam descaradamente nossas liberdades individuais. A básica e democrática liberdade de expressão, de ir e vir, de trabalhar para o sustento próprio e familiar, foi despoticamente roubada e implementada sorrateiramente. A liberdade ao invés de ser estendida, foi vergonhosa e inconstitucionalmente restringida.

Governadores e prefeitos preferiram adotar a “ciência” do autoritarismo, ao invés de buscarem fazer o tema de casa, verificando e implementando medidas liberais para acabar com órgãos inoperantes, para reduzir impostos escorchantes sobre processos geradores de valor econômico e social, para desburocratizar sistemas improdutivos para geração de maior atividade econômica e empregos, e investir em estruturas e equipamentos para melhorar a saúde pública e o respectivo enfrentamento da Covid-19.

E a resistência ainda comemora entusiasticamente! Afinal, adivinhem quem votou contra o básico dos básicos direitos ao singelo saneamento básico no Brasil? Inacreditável!

Pois é, lamentável! Estamos imersos num transparente e devastador movimento de desestabilização do Executivo. Não, meus caros amigos, as liberdades não estão sendo retiradas pelo Executivo, segundo a mentirosa retórica e o discurso da “progressista resistência”. Nossas vitais liberdades têm sido cada vez mais usurpadas pela ditadura da suprema Pequena corte, por governadores e prefeitos demagogos, que além de nós roubarem nossas liberdades, impedem que peguemos definitivamente a rota liberal da prosperidade econômica e social. Santa estupidez, Batman! Mas as crenças ideológicas e revolucionárias não sucumbem a investida de acabar com a prosperidade e a liberdade verde-amarela!

Não desejava ser tão pessimista, mas pela lógica da realidade pragmática, acho que estamos cada vez mais longes das ESSENCIAIS LIBERDADES INDIVIDUAL E ECONÔMICA, e muito mais próximos do caminho da ruína. Triste país do “eterno futuro”!
O que nos resta?! Só há uma ação verdadeiramente democrática possível: recrudescer a nossa força e nossa participação, buscando refrear essa ditadura do Judiciário e a vontade dos estatistas de plantão.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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