Entre bombas e barganhas: o tabuleiro global em movimento
Há os que temem a escalada da guerra no Oriente Médio, ainda mais agora com as bombas de profundidade americanas jogadas por Trump debaixo das barbas do Aiatolá Khamenei.
Não há o que temer. Israel já havia reduzido o poder bélico iraniano a quase zero com seu domínio completo dos ares sobre o Irã. Mesmo com a possibilidade de explodir as instalações petrolíferas que servem principalmente à China, Israel não o fez. A China não tem do que reclamar. Xi Jinping está focado no comércio internacional e no controle doméstico para não perder o poder no PCC. Os chineses sempre preferiram o comércio do que a guerra.
A Rússia não consegue dar conta de uma guerra no seu quintal. Putin, com seu exército obsoleto e despreparado, tem se mostrado um tigre de papel. A Ucrânia só não ganhou a guerra devido à covardia dos governos ocidentais e da admiração que Trump e o MAGA têm pelo ditador de Moscou.
O Paquistão, responsável maior pelo programa nuclear iraniano, desenvolvido com a ajuda inicial dos EUA na década de 50, depois da França, China e Rússia, tem um problema muito maior no leste para cuidar: a Índia, que também tem “nukes” para usar.
O mundo sempre esteve sentado sobre um barril de pólvora radioativa desde o sucesso do Projeto Manhattan que varreu Hiroshima e Nagasaki do mapa. Depois que o mundo viu o preço que o Japão pagou por seu fanatismo imperialista e belicista, ninguém tem dúvidas: o problema não é a bomba, é o fanatismo.
O regime iraniano que tomou Teerã em 1979 é dos mais fanáticos que surgiram depois dos japoneses e alemães no início do século XX. Israel tem sofrido há décadas com uma guerra infame contra um polvo terrorista cuja cabeça está no Irã e os braços espalhados em Gaza, Líbano, Síria, Iraque, Iêmen e outros lugares onde o terror dos aiatolás alcança.
A bomba do Trump jogada sobre Fordow, vai enterrar mais do que o programa nuclear dos aiatolás, pode ser a semente para a mudança de regime e a instituição da paz para Israel para os próximos 50 anos. O último detalhe que falta é Israel terminar a sua parte e finalmente vencer uma guerra até o final.
Mas a geopolítica é feita por homens que mudam de ideia a todo momento, ainda mais numa época de pragmatismo exacerbado que faz princípios e valores serem descartados, como as vidas das vítimas desses terroristas islâmicos.
Ainda assim, os B2 americanos jogaram baldes de água fria para acabar de vez com o fogo que Israel vinha combatendo com a inteligência e bravura que só os israelenses têm.