Dólar alto, culpa e fundamentos

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O presidente Luiz da Silva, alarmado, convocou reunião para discutir a disparada do dólar. O despreparado – para ser econômico – afirmou que é preciso conter o ataque especulativo contra o real.

Para esses progressistas de araque, todos os problemas na terra das bananas e do arrozal devem-se aos yankees, aos “capitalistas sem coração”, aos bilionários, enfim, sempre a culpa é dos outros. Evidente que o ex-presidente Bolsonaro deve estar involucrado nesta trama, mas “eles” salvaram a “democracia”… escárnio! Ele sabe que o problema é ele próprio e sua retórica sectária do salvamento dos pobres via Estado mastodôntico e de suas desgastadas narrativas populistas.

Toda vez que ele abre a boca, profere um arsenal de baboseiras e em quase todos os temas, que prejudicam a saúde econômica e mental dos brasileiros. Objetivamente, as razões fundamentais para a alta do dólar referem-se à irresponsabilidade fiscal e à farra com o dinheiro público praticada por seu desgoverno inepto.

Evidente, tudo para acabar com as desigualdades sociais e para a manutenção da “democracia”. Causa-me náuseas constatar que Lula fala em nome do resgate da democracia. O fato novo e positivo é que os cidadãos do mundo começaram a enxergar que, mesmo que bem-intencionadas, políticas progressistas, ao cabo, aprofundam a pobreza e impedem a geração de empregos, renda e riqueza.

É precisamente por isso que os de “extrema-direita” – todos aqueles que retrucam falsas verdades – estão despontando em uma série de nações. Simples assim. Faz parte da cartilha marxista culpar os ricos, os imperialistas e, em especial, os Estados Unidos. Nada mais anti-opressão. Para esses analfabetos econômicos, a solução é a intervenção, cada vez mais pesada, da mão forte do Estado na economia e em nossas vidas. O sectarismo ideológico, que se suporta nesse intervencionismo estatal, que se intromete em tudo, é o grande criador da pobreza e da supressão das possibilidades de riqueza para todos.

A riqueza não é um jogo de soma zero, em que os ricos enriquecem às custas dos pobres. Falácia. O que faz a insegurança crescer, aqui e lá fora, e o dólar subir, é o andar na contramão dos comprovados fundamentos do crescimento. Além da escassez de privatizações de estatais, o desgoverno se intromete em empresas como a Petrobras, por exemplo. A gigantesca judicialização e a regulamentação abusiva nos mercados e na vida privada dos indivíduos atropela o cotidiano econômico e social. A sanha arrecadatória de tributos insanos e escorchantes, acompanhada da farra com a dinheiro público, em viagens faraônicas, nos compadrios, e em programas sociais populistas, discriminadores e contraproducentes, dão o tom imoral e perverso desse desgoverno. Essas são as legítimas razões do próprio desgoverno.

Os economistas “sovietes” creem que se deva investir num Estado “inovador e eficaz”, o que, de fato, reduz as genuínas fontes do empreendedorismo, dos empregos, das inovações e da criação de renda e de riqueza, que dependem de mercados mais livres.

O Estado sempre será o problema: inexiste Estado eficaz, sobretudo tupiniquim, e a única inovação vista a olhos nus por essas bandas são os mecanismos de extorsão e de corrupção públicos e privados. Porém, burocratas estatais sempre põem a culpa nos salvadores empreendedores, aqueles que investem, correm riscos, inovam para todos e, portanto, justamente enriquecem. O que seria deste mundo sem esses “capitalistas, exploradores, bilionários (como sendo algo pejorativo!)”, que, segundo os “progressistas do atraso”, roubam dos mais pobres e causam a pobreza.

O que atravanca a geração de empregos e renda, do desenvolvimento, é, seguramente, o câncer intervencionista. Políticas nacional-desenvolvimentistas, políticas industriais orientadas para o compadrio, com subsídios e benesses mil, são benéficas somente para a “deselite” malévola e corrupta. O remédio “santo” para um “penny” adequado e para a vital saúde econômica e mental do brasileiro é, sem titubear, mais liberdade econômica e – muito – menos intervencionismo estatal leviano e corrupto.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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