Do lado errado, outra vez
Há declarações que revelam ignorância. Outras revelam má-fé. A fala de Lula sobre Israel revela ambas, escancarando o tipo de personagem que ocupa hoje o Palácio do Planalto. Um homem que repete chavões antissemitas sem sequer saber o peso das palavras que usa, mas que sabe muito bem com quem se alinha no cenário internacional.
Em seu último “pronunciamento progressista”, Luiz da Silva acusou Israel de “vitimismo” e classificou a ação israelense na Faixa de Gaza como um “genocídio”. Essa declaração inesculpável não apenas revela uma ignorância crassa sobre o conflito e sua complexidade, mas escancara uma má-fé política que ignora o contexto de ataque terrorista brutal sofrido por Israel. Acusar a única democracia plena do Oriente Médio de genocídio é uma manipulação grosseira que alimenta o antissemitismo e distorce fatos históricos.
Ao comparar Israel ao regime nazista, esse ser comete um dos mais vis insultos diplomáticos do século, relativizando o Holocausto, em nome de um discurso rasteiro, ideológico, tosco e inconsequente. Insulta não apenas o povo de Israel, mas também as vítimas e os sobreviventes da Shoah. Por isso, o governo israelense reagiu de forma dura e inequívoca e o declarou “persona non grata”. Em termos diplomáticos, isso é o equivalente a um tapa na cara de um chefe de Estado, sendo o tom mais severo que a diplomacia permite sem romper relações formais.
Esse episódio não é isolado. O descondenado há muito tempo abandonou qualquer senso de equilíbrio moral. Posa de pacificador, mas bajula ditadores. Fala de justiça, mas flerta com o terrorismo. Clama por “direitos humanos”, mas silencia diante das execuções sumárias no Irã e das prisões arbitrárias em Cuba. Agora, diante de um conflito em que Israel responde a um massacre terrorista, ele acusa o único Estado democrático do Oriente Médio de cometer “genocídio”, ignorando deliberadamente os atos bárbaros do Hamas e de seus aliados.
Cabe lembrar que, em 7 de outubro, o mundo testemunhou o horror de terroristas do Hamas que invadiram Israel, assassinaram civis, estupraram mulheres, queimaram famílias vivas e sequestraram mais de 200 pessoas, entre elas bebês e idosos. Isso não é narrativa, é fato. Qualquer resposta de Israel precisa ser entendida nesse contexto. No entanto, esse cidadão apaga esse início da história, como se a agressão terrorista fosse apenas um detalhe inconveniente em seu discurso.
Não se trata de defender Israel cegamente. Trata-se de reconhecer um Estado tentando proteger seus cidadãos de ataques indiscriminados e de um grupo jihadista cuja carta fundadora declara explicitamente: “Israel continuará a existir até que o Islã o elimine”. Essa é a lógica do Hamas, e é com essa que Luiz da Silva se mostra mais simpático.
O mesmo homem que relativizou as prisões políticas em Cuba, que apoiou abertamente as fraudes eleitorais na Venezuela, que chamou ditadores de “companheiros” e que se recusa a condenar o Irã por executar dissidentes, agora decide que o verdadeiro problema do mundo está em Jerusalém.
Claro, ele acredita que tudo se resolve “com uma cervejinha e uma boa conversa”. Diplomacia de boteco, proferida por um palpiteiro compulsivo que ainda acredita que picanha e populismo podem substituir política externa.
Hoje, o Brasil é representado por um chefe de Estado que transforma a política externa em palanque ideológico, recitando slogans de militância e alienando nações aliadas. Sua vaidade megalomaníaca o leva a crer que é um líder global, enquanto o mundo o isola ou o repele.
Luiz da Silva é “persona non grata” em Israel. Amanhã, será entre todos os que prezam pela liberdade, pela verdade histórica e pela memória dos que tombaram no Holocausto.
Quem se coloca ao lado dos que banalizam o antissemitismo e o terror comete erros políticos, como também crimes morais.
Luiz da Silva e sua trupe, como de costume, sempre estão posicionados “do lado errado da história”. Este é o genuíno papel que Luiz da Silva decidiu representar. Ponto.