Atualmente, não existe no mundo uma sociedade que viva sob um sistema plenamente capitalista.

As economias de todos os países são mistas. O que as diferencia é o grau de liberdade versus o de intervenção estatal.

O grau de liberdade pode ser definido quando se verifica se os indivíduos têm seus direitos inalienáveis mais protegidos ou mais violados, seja por gangues de bandidos ou pelo próprio governo – em países como o Brasil, quase não se nota a diferença entre eles.

O Brasil certamente não é um país capitalista, mas sim um país de economia mista. A regulação, o corporativismo e a tributação denunciam o forte intervencionismo.

O “distributivismo” tempera com fortes porções de socialismo os sistemas previdenciário, de saúde e de educação e as estatais evidenciam uma forte e infeliz influência comunista, já que é o estado o proprietário dos meios de produção nesses casos.

O que sobra de capitalismo então?

Se considerarmos que capitalismo é a absoluta separação entre o governo e a economia, onde impera o livre mercado resultado de instituições como a livre iniciativa, a propriedade privada, o Estado de Direito, funcionando com base em leis objetivas criadas para proteger os direitos individuais e a justiça; então podemos dizer que nossa sociedade não vive o capitalismo nem em sonho, porque a mentalidade coletivista estatista considera o capitalismo uma utopia ou um pesadelo.