A verdadeira cultura por um fio

Print Friendly, PDF & Email

É mesmo surpreendente – e funesto – como as pessoas foram se acostumando com o desastre, a escuridão, a mentira e a liquidação da cultura ocidental. É, de fato, espantoso como elas se anestesiaram frente aos acontecimentos negativos na vida econômica e social.

Eu diria que elas renunciaram à lógica e à realidade objetiva. Doutrinação, enganação, cansaço, e/ou falta de alternativas podem ser elementos explicativos.

Certo que os apologistas da ideologia do fracasso estão por todas as partes e em grande número. A dissonância cognitiva não os deixa realizar que são meras peças de manobra no grande tabuleiro dos interesses de uma (des)elite que só pensa naquilo: mais poder.
Parece não adiantar argumentar validamente sobre a “verdade verdadeira”; conversa-se com surdos.

Nesse jogo sujo, ineptos e iludidos rezam diariamente pelo Estado grande, o “salvador” de suas pobres vidas – o propagador do câncer incurável do intervencionismo corrupto.

A construção é lenta e penosa, a destruição é rápida como um piscar de olhos. Como líderes psicopatas e perversos conseguiram converter jovens mimados e revoltados em guerreiros da destruição dos valores civilizacionais virtuosos? Como lograram cancelar a cultura “de verdade”, embasada nos valores judaico-cristãos, em prol do imediatismo de viver segundo seus desejos e sentimentos, desconectados dos valores civilizacionais basilares e sustentados nas areias movediças das crenças, das falácias e da vitimização?

Sob o “véu da ignorância”, disfarçados de nobreza, diversidade e inclusão, assumiram o protagonismo dos valores virtuosos a ser cultuados. Quem diverge transforma-se num herege, negacionista.

Não há mais fronteiras lógicas para o crescimento do engodo e da vitimização. Parecem não existir instrumentos para desarmar a névoa da ilusão e das paixões sectárias.

Os donos do mundo e das retóricas e falácias são agentes estatais, políticos e outros políticos vestindo togas negras, disfarçados de juízes. Esses só se preocupam, narrativamente, com o povo, concedendo privilégios e mais (des)direitos absurdos, que, a despeito de proclamarem o bem-estar geral, hipotecam o futuro da nação tupiniquim.

As migalhas regaladas no presente são o veneno para um futuro alvissareiro. As pessoas parecem ter terceirizado o ato de pensar para outros de suas tribos, evidente, que não pensam. Assumiu o volante transloucado a escassez de racionalidade. Sumiu a capacidade de pensar logicamente a fim de se fugir das contradições. É a lógica que permite que se identifiquem falácias e o que nos faz tomar decisões embasadas em evidências. Sem ela, mandam os preconceitos cognitivos.

Evidências estão nos fatos da realidade, não em suposições, achismos e/ou crenças. Programas de mais direitos, menos deveres, tornaram-se incontestáveis. Retrocessos populistas estão sempre à mesa, tais como política industrial, estatais para compadres, políticas identitárias descabidas, enfim, tudo para o voto e/ou ganhar um quinhão.

Nada das evidências vencedoras. Nada de desregulamentação econômica, corte de impostos, redução da máquina estatal e a não intromissão do Estado em nossas vidas.
Não me contento com esse “admirável mundo novo”. É seguro que é necessário preservar a verdade e aquilo que deu e dá certo.

Evidente que necessitamos estar abertos para aprender e rever, a partir de novas informações e fatos, não em embustes, falácias e crenças despropositadas. A boa notícia é que a verdade, timidamente, aparece aqui e ali – do lado, por exemplo, na Argentina.

Contudo, a má notícia é que, depois de viver muito tempo no escuro das cavernas progressistas, uns já eram dotados da cegueira, outros podem ficar cegos pela luz da verdade. Veremos.

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

Pular para o conteúdo