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A Medicina, o Estado e o Governo

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Governo e Estado são conceitos diferentes, mas indissociáveis. Não é possível falar em um sem falar no outro, como não é possível construir um sem construir o outro.

Não se pode fazer uma dissociação entre governo e estado, assim como, analogamente, não se pode fazer a dissociação entre medicina e médicos, por exemplo.

A dissociação que é possível fazer é entre Estado, governo e direitos individuais, como se pode fazer s dissociação entre medicina, médicos e a saúde. Assim como é possível manter-se a saúde sem a medicina e os médicos, ainda que precariamente, é possível manter-se os direitos individuais, sem o Estado e o governo, também precariamente.

Sem médicos e sem a medicina nossa saúde acaba sendo prejudicada. Da mesma maneira, sem Estado e governo LIMITADOS à proteção e defesa dos nossos inalienáveis direitos individuais, esses ficam mais vulneráveis.

Lembrem-se que médicos não devem ministrar venenos que prejudicam a saúde e, em muitos casos, acabam por matar os pacientes. Não por isso deixaremos de chamá-los de médicos, mas podemos dizer que não estão nesses casos exercendo a medicina. A mesma coisa, analogamente, podemos dizer de um Estado ou governo que em vez de resguardar os direitos dos indivíduos, passe a atacá-los. O Estado ou governo que violar e agredir os direitos individuais não está agindo como um Estado ou governo deveria agir.

A falácia do conceito congelado nos leva a crer que se um médico envenena as pessoas, então precisamos acabar com a medicina e com os médicos. Não, é preciso estabelecer limites à ação do médico impedindo-o de envenenar as pessoas acabando com a saúde delas. Não é finalidade de um médico nem da medicina, ainda que ela detenha conhecimento e poder para envenenar as pessoas, agir para destruir a saúde de seus pacientes.

O mesmo aplica-se ao Estado e ao governo. Se analisarmos a história da humanidade, chegaremos aos “Founding Fathers”, os idealizadores da Constituição Americana, fundamental para a compreensão do que seria idealmente um Estado moderno liberal. Os constituintes americanos pecaram ao manterem práticas políticas que eram utilizadas pelo tipo de Estado ou governo contra os quais eles se rebelaram. No entanto, o avanço que eles obtiveram com sua Revolução foi enorme. Na Constituição Americana, não há reis com poder absoluto vitalício, o reconhecimento da inalienabilidade dos direitos individuais à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade, que inexistia até então, levou a sua institucionalização e, apesar das diferenças fundamentais existentes entre essa concepção de sociedade e todas as que a antecederam, continuou-se a chamar aquilo de Estado ou governo.

O que nos cabe como liberais é ampliar esse conceito de Estado ou governo fazendo com que as pessoas compreendam que um governo financiado voluntariamente, separado da religião, da educação, da ciência, da cultura e da economia, limitado a proteger os direitos individuais, impedindo que a saúde cívica da sociedade se deteriore, não é uma utopia, mas um grande e exequível ideal.

 

 

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Roberto Rachewsky

Roberto Rachewsky

Empresário e articulista.

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