Entre a lucidez e o delírio ideológico

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Eu não aguento mais a cegueira ideológica, a dissonância cognitiva, a covardia moral travestida de compaixão. Não aguento mais ver jovens e adultos — pela idade cronológica — manipulados por uma ideologia que promete liberdade enquanto aprisiona mentes. Repetem como papagaios o enganador “você pode ser quem quiser”, mas o que são? Rebanhos que acreditam que o fracasso é virtude, e o sucesso, pecado.

Não aguento mais o espetáculo dantesco da inversão moral. Depois dos ataques terroristas do Hamas contra Israel, ainda há quem, do alto de sua ignorância militante, grite que Israel cometeu genocídio contra os palestinos. Gritam, mas não enxergam que o Hamas continua matando e torturando palestinos. Chamam terroristas de vítimas e apoiam um inconsequente, populista, que endossa mentiras e falácias, acusando Israel e os judeus. Isso não é humanidade; é delírio — a patologia da ideologia do fracasso.

Aqui no Brasil, a mesma doença corrói a razão. Criminosos são transformados em mártires, e cidadãos honestos viram opressores. O crime não é fruto da sociedade; é escolha do indivíduo! Oh, nefasta romantização do crime, onde assassinos e traficantes são reimaginados como “resistentes” e “empreendedores da sobrevivência”.

Ninguém empurra a faca na mão do bandido. Ninguém entrega a arma e aperta o gatilho por ele. São eles, os bandidos, terroristas, assassinos, que decidem agir. Cada vida destruída é fruto de decisão consciente, deliberada, individual. Responsabilidade não se terceiriza. O crime não é espetáculo moral, tampouco produto de um sistema.

Nos desgovernos lulopetistas, instala-se uma completa inversão moral: compaixão vira condescendência; o opressor real — o bandido — é relativizado, e o cidadão honesto é acusado de integrar um sistema “excludente”. O progressismo de araque fabricou um culto à vitimização, onde ninguém é culpado, exceto a sociedade, o Estado ou o mercado. Criminosos ganham status de manifestantes da resistência, escárnio absoluto.

Tudo isso é reforçado por uma sociologia da indulgência, que mascara covardia sob o verniz de empatia. Universidades, ONGs e militantes transformam assassinos em vítimas, e cidadãos comuns se enclausuram e/ou são aprisionados, enquanto as elites aplaudem slogans, defendendo direitos humanos apenas para bandidos.

Ouvir Lula afirmar que traficantes são “vítimas dos usuários” causa náusea! Ver a operação no Complexo do Alemão e da Penha — legítima e necessária para conter o terrorismo do narcotráfico — ser atacada por sectários ideológicos é escárnio. Quase 70% dos cariocas aprovam a operação, porque o povo entende que segurança não é repressão, é direito.

O resultado disso é devastador. É a desmoralização da autoridade e a inversão da hierarquia moral que corroem a sociedade. O Estado virou vilão; o crime, causa social. O Brasil lulopetista confunde liberdade com impunidade e compaixão com conivência. Quem cumpre a lei é opressor; quem a viola é vítima. A barbárie traveste-se de virtude.

Eu não aguento mais. Essa doença “progressista” não tem cura, alimentada pela covardia de quem confunde tolerância com submissão. Tolerar a intolerância é retrocesso civilizatório.

É essa covardia que permitiu que o país se ajoelhasse diante de um Estado aparelhado, de uma mídia que doutrina, de um Supremo que legisla e pune conforme a ideologia do fracasso. A verdadeira eleição não é apenas presidencial. Deve ser para restaurar instituições.

Chega de “planos de governo” que mudam conforme o vento das conveniências partidárias. O Brasil precisa de planos de Estado, na segurança, justiça, liberdade, diplomacia que não se curve ao populismo nem comprometa credibilidade nacional.

O crime não é fruto da sociedade, mas da escolha humana. O país que substitui responsabilidade por desculpa moral colhe apenas barbárie travestida de virtude. Não, não é apenas um grito pessoal de indignação. É somente lucidez.

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Alex Pipkin

Alex Pipkin

Doutor em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS. Mestre em Administração - Marketing pelo PPGA/UFRGS Pós-graduado em Comércio Internacional pela FGV/RJ; em Marketing pela ESPM/SP; e em Gestão Empresarial pela PUC/RS. Bacharel em Comércio Exterior e Adm. de Empresas pela Unisinos/RS. Professor em nível de Graduação e Pós-Graduação em diversas universidades. Foi Gerente de Supply Chain da Dana para América do Sul. Foi Diretor de Supply Chain do Grupo Vipal. Conselheiro do Concex, Conselho de Comércio Exterior da FIERGS. Foi Vice-Presidente da FEDERASUL/RS. É sócio da AP Consultores Associados e atua como consultor de empresas. Autor de livros e artigos na área de gestão e negócios.

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