Xeque-mate ao terror: a verdade histórica de Israel
Ao contrário do que muitos pensam — por desconhecimento ou por repetirem narrativas simplistas —, Israel não nasceu como gesto de compensação pelo Holocausto, tampouco apenas por uma resolução da ONU em 1947. Suas raízes são profundas, históricas, políticas e jurídicas. O povo judeu possui vínculo milenar com a terra, reconhecido legalmente pela Conferência de Sanremo, em 1920, que definiu que a Palestina teria foco no povo judeu. No século XIX, a região era pouco habitada, com 350 a 400 mil pessoas, muitas nômades. A imigração judaica, feita por compra legal de terras, trouxe progresso agrícola e urbano, transformando vilarejos em cidades, irrigando terras áridas e criando oportunidades econômicas. Esse desenvolvimento atraiu também trabalhadores árabes em busca de emprego e melhores condições, desmontando o mito de expulsão sistemática inicial. Décadas depois, o termo “palestino”, aplicado aos árabes, só se consolidaria nos anos 1960 como construção política ligada à Guerra Fria e à propaganda soviética. Israel, portanto, não nasceu de um gesto reparatório, mas de um processo histórico, jurídico e cultural legítimo, reconhecido internacionalmente.
O conflito é antigo e, paradoxalmente, muito pouco conhecido por aqueles que se dizem especialistas. Ele reacendeu de forma brutal a partir da barbárie de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas coordenou ataques contra civis indefesos. Não foi resistência! Foi massacre, sequestro e terror deliberado. Contra mulheres, idosos e crianças, uma verdadeira barbárie.
Israel tem direito absoluto à defesa e à existência. Esse direito não é concessão, é fundamento. Qualquer proposta de convivência pacífica se torna inviável enquanto o Hamas mantiver sua carta de ódio e extermínio como princípio. O plano de paz anunciado em 29 de setembro de 2025 por Donald Trump e Benjamin Netanyahu estabelece condições claras, tais como desarmamento do Hamas, libertação de reféns e retirada gradual das forças israelenses mediante cumprimento rigoroso das regras. Não é imposição, é estratégia.
Alguns críticos, porém, insistem em dizer que o plano é “imperialista” ou uma “imposição colonialista” de Israel e dos Estados Unidos. Há três razões centrais para essas opiniões. Primeiro, o antissemitismo atávico, que transforma qualquer ato israelense em alvo de condenação automática, ignorando fatos e contexto. Segundo, o sectarismo religioso e ideológico, que alinha setores da esquerda “progressista” com a narrativa palestina, ainda que isso signifique fechar os olhos ao terror. Terceiro, o sentimentalismo histórico e a culpa difusa diante da grande potência americana, que romantiza os Estados Unidos e sua aliança com Israel, enxergando até na busca pela paz uma suposta imposição externa. Esse sentimentalismo, em sua face mais sombria, cega os incautos e os torna cúmplices do atraso.
Nada disso, porém, muda o essencial. Não se negocia com terroristas. A imposição de regras severas não é injustiça, mas condição mínima para que a autodeterminação palestina seja legítima. Um futuro Estado palestino só será possível sem grupos que pregam extermínio e sem organizações que transformam o ódio em causa principal. Aceitar o terror seria retroceder à barbárie; rejeitá-lo é abrir espaço para um futuro de segurança e paz real.
A lógica é cristalina. A paz verdadeira só existe quando o terror é derrotado. A história de Israel, sustentada pelo direito internacional e pela memória milenar de um povo, entrelaça-se ao presente para mostrar que coexistência só pode caminhar junto com segurança, justiça e verdade. Não é Israel que está contra o povo palestino; é o Hamas que mantém o povo palestino como refém de sua própria violência.
O xeque-mate não recai sobre Israel, mas sobre o Hamas. Um futuro Estado palestino, livre do terror, não apenas é possível. É de fato a única forma de paz duradoura e legítima. A verdade de Israel é inegociável; o terror, sim, deve ser derrotado.