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Sobre as 12 Regras Para a Vida

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Nascido em 1962 na província de Alberta (Canadá), Jordan Bernt Peterson é professor de psicologia da Universidade de Toronto. Como acadêmico, publicou mais de cem artigos científicos e foi eleito pelos alunos um dos três professores da instituição que “mudaram vidas”.
 
Em sua obra 12 Regras Para a Vida, Peterson oferece doze princípios profundos e práticos sobre como viver uma vida com significado a partir de exemplos vívidos de sua prática clínica e vida pessoal, bem como de lições extraídas das histórias e mitos mais antigos da humanidade.

As doze regras são:

1. Costas eretas, ombros para trás – Lagostas controlam sua deflexão através de serotonina. As lagostas possuem sistemas nervosos simples e permitiram ao autor estudar como o nível de hormônio se comporta na hierarquia social destes animais. O crustáceo com maior nível na hierarquia possui também o maior nível de serotonina. A parte do nosso cérebro que controla nossa relação com as hierarquias sociais é mais antiga do que por exemplo, a região que diferencia uma árvore de um animal. Nós não queremos nos arruinar, porque isso representará uma desregulação emocional, por isso devemos nos endireitar e nos apresentar corretamente; as pessoas nos tratarão melhor, como se fôssemos uma lagosta superior.

2. Trate a si mesmo como alguém com que você se importa – Não basta ser legal consigo mesmo, é importante se desafiar. Não adianta tratar outras pessoas melhor do que a ti mesmo. Esta regra é uma meditação sobre por que as pessoas não gostam de si mesmas. Aqui o autor chama a atenção para que boa parte de nossos problemas são universais, ou seja, outras pessoas também têm problemas. Ame o pecador, mas odeie o pecado! Esforce-se para cuidar de si mesmo, até porque você é a melhor pessoa para fazer isso.

3. Seja amigo de pessoas que queiram o melhor para você – Você tem a responsabilidade de cercar-se de pessoas que têm fé, coragem e sabedoria, pessoas que vão comemorar com você quando estiver fazendo algo bom e te parar quando estiver fazendo algo ruim.

4. Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje – Aqui o autor faz uma série de reflexões com a “Regra de Pareto”. A disparidade sempre existe, seja na área econômica, médica ou até mesmo fisionômica. Quanta desigualdade é necessária para que a riqueza seja criada? Se há desigualdade, então sempre haverá pessoas ao seu redor que são melhores do que você. Você deve ter cuidado com quem se compara, mas você deve sempre se comparar com pessoas melhores do que você. Tenha um alvo! Faça de hoje algo um pouco melhor do que ontem.

5. Não deixe que seus filhos façam algo que te faça deixar de gostar deles – As pessoas não confrontam suas partes sombrias. Por outro lado, também deixam de comemorar uma ação admirável de outras pessoas. Se alguém fez algo que você considera bom, não deixe passar a oportunidade de que ela saiba o quanto aquilo lhe fez bem. Encoraje as pessoas a continuar fazendo o bem. Da mesma forma, se você quer ser um bom pai, é preciso saber o monstro que você é.

6. Deixe sua casa em perfeita ordem antes de criticar o mundo – O autor usa o exemplo de um massacre em uma escola infantil para descrever o risco de pensar obsessivamente em vingança. É necessário admitir que seu ressentimento existe, admitir as fantasias que ele está gerando, e na sequência pensar em o que você deve fazer para sair disso. Pessoas ressentidas querem que os outros mudem. Tais pessoas não são confiáveis. É preciso sempre se perguntar: “O que eu fiz de errado quando tive a oportunidade de seguir por outro caminho?”. Assumir a responsabilidade aumenta as perspectivas de resolução dos problemas.

7. Busque o que é significativo, não o que é conveniente – O capítulo mais difícil de se escrever, segundo o próprio autor. A busca por um heroísmo fictício não deve ser uma saída. A busca pelo conveniente impediu que pessoas deixassem de ser outros “Oscar Schindler” para serem mais alguns “guardas de Auschwitz”.

8. Diga a verdade, ou, pelo menos, não minta – A partir do momento em que você passa a conviver com a mentira, toda a sua vida passa a ser uma farsa. Muitas mentiras surgem como uma forma de fuga de falhas próprias. Falar a verdade resolve os problemas. Encarar o conflito requer responsabilidade e, por isso, é mais difícil. Vencer seus fantasmas através da verdade fortalece o caráter e a hierarquia de valores do indivíduo. Segundo Nietzsche, “O valor de um homem é determinado pela quantidade de verdade que este homem aguenta”.

9. Presuma que a pessoa com quem está conversando possa saber algo que você não saiba – Essa regra vem para dizer que uma conversa autêntica é uma conversa em que um escuta o outro. Em tempos de redes sociais, essa é uma característica cada vez mais difícil. Conversas sinceras são necessárias para a saúde mental, e a falta delas é uma das maiores causas de procuras a profissionais psiquiátricos. Ouvir atentamente uma pessoa permite que conversas sadias aconteçam, evita a criação de ideologias e permite a busca por novos conhecimentos.

10. Seja preciso no que diz – O autor descreve a regra, tentando nos explicar a complexidade do nosso mundo. Nossa visão tenta simplificar as coisas complexas que nos cercam. E isso é bom! No entanto, esse fator evolutivo nos leva a um erro comum, que é passar a ignorar pequenos erros, ou seja, fingir que um problema não existe. Nunca subestime o poder da omissão. É importante definir aquilo que é sucesso e aquilo que é fracasso. Isso ajuda a encararmos os problemas a serem resolvidos. Ser precisos nos mantém com os pés no chão.

11. Não incomode as crianças quando estão andando de skate – Neste capítulo, o autor foca na masculinidade. O homem quando criança precisa correr riscos na infância; isso terá um efeito grande em sua vida adulta, quando será capaz de enfrentar seus problemas e riscos. Correr riscos é importante para os homens! Não correr riscos faz com que a pessoa cresça ressentida. Discursos do tipo “A raça humana é um risco para um planeta”, mesmo que proveniente de doutores, vêm de pessoas ressentidas e que buscam destruir aquilo que outros construíram. Encare suas deficiências, assuma riscos e cresça!

12. Acaricie um gato ao encontrar um na rua – O sofrimento é um princípio da vida. Somos frágeis, tanto física quanto psicologicamente. A existência não é fácil. Neste capítulo, o autor descreve a batalha humana com doenças e com a própria morte. Com a frase “O que pode ser verdadeiramente amado em uma pessoa não pode ser separado de suas limitações”, Jordan tenta exemplificar a maneira de amar as pessoas, mesmo com todas as limitações e desafios existentes. Ao encarar suas próprias sombras, o homem inicia a sua “Jornada do herói”, que é baseada no “tornar-se”, em se superar e aprender a ser cada vez melhor. O processo de melhorar através de nossos problemas é algo natural ao homem.

A obra nos oferece regras icônicas e até mesmo cômicas. “Doze regras para a vida” é, de fato, um antídoto para o caos, que utiliza como principal arma as verdades eternas aplicadas aos nossos problemas modernos. Em um mundo dominado pelo “politicamente correto”, Jordan Peterson nos agracia com uma dose gigante de estoicismo e nos revela o quão importantes são os valores que nos norteiam.

– Leonardo Batista é colaborador no Instituto Líderes do Amanhã.

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