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O retorno do marqueteiro: João Santana estará com Ciro Gomes em 2022

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No começo do século XXI, a América Latina passou por uma onda de eleições de novos partidos de esquerda que ficou conhecida como Onda Rosa. Grande parte dessa onda teve como capitão em suas campanhas eleitorais a figura de João Santana, o marqueteiro, que teve sua imagem associada ao PT após ter sido preso pela Lava Jato em 2016 e que recentemente foi contratado por Ciro Gomes para compor suas peças publicitárias.

João Santana começou sua campanha como marqueteiro em 1999, quando trabalhou na campanha do presidente argentino Eduardo Duhalde, passando posteriormente, em ordem cronológica, pelas campanhas de Lula (2006), Mauricio Funes (El Salvador 2009), Dilma (2010), Danilo Medina (República Dominicana, 2012), Hugo Chávez (Venezuela, 2012), José Eduardo (Angola, 2012), José Domingos Árias (Panamá, 2014), Dilma (2014) e Danilo Medina (República Dominicana, 2016), registrando um dos maiores legados de ascensão de regimes de esquerda no mundo.

Nesta situação, talvez João Santana seja a peça menos notória na guerra que ele empreendeu à polarização do continente e na chamada “guerra cultural”. Nada das bizarrices envolvendo as propriedades reptilianas da pele de George Soros; o mentor da Open Society não apresenta risco nenhum patrocinando seus projetos progressistas pelo mundo, enquanto Santana ameaça a paz e a estabilidade política dos países latinos com suas ideias.

As táticas de Santana são notórias em suas campanhas políticas: peças políticas enganosas para ludibriar a opinião pública, promessas de um futuro dourado, escamoteamento de erros dos seus pupilos, táticas de terror contra os adversários (quem não se lembra da sistemática campanha contra Marina Silva?) e talvez o maior enfatizador do clima de “nós contra eles”, que configurou em esmagar a reputação de adversários durante as eleições para vender sua alternativa. Santana empreendeu talvez uma das maiores batalhas de uma guerra de hegemonia popular pelo lado da esquerda a plenas vistas do público e nem sequer teve o dedo apontado em sua direção pela “neodireita” que procura conspirações em propagandas de teor LGBT.

Agora, Santana volta repaginado e disposto a mais uma guerra, desta vez ao lado de Ciro Gomes, e disposto a esmagar a reputação de uma terceira via para o petismo e o bolsonarismo nas eleições de 2022 – e novamente corre o risco de passar abaixo do radar enquanto Ciro Gomes lança rosas ao público em suas peças publicitárias.

Na guerra do marketing político, novamente pode causar uma dura derrota aos brasileiros – e quanto antes alertarmos do bueiro em que João Santana é capaz de mergulhar para colocar Ciro Gomes no planalto em 2022 e desestabilizar ainda mais a frágil democracia brasileira, talvez mais cedo possamos reduzir o impacto de suas artimanhas perversas.

*Artigo publicado originalmente na página Liberalismo Brazuca no Facebook.

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