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Fatos controversos sobre Fidel Castro e seu legado

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Fidel Castro foi o líder da Revolução Cubana. Ainda há uma minoria que o trata como herói, mas essa figura controversa não apenas instaurou uma ditadura sangrenta, como também levou Cuba a anos de estagnação e opressão.

Mesmo após a morte de Fidel em 2016, o regime comunista que ele instaurou persiste. Contudo, seu legado é composto de fatos e curiosidades no mínimo controversos.

1) Teve a sua fortuna avaliada em mais de 900 milhões de dólares

Apesar de fazer parte de um regime que prega a distribuição de renda, a fortuna de Fidel Castro foi avaliada pela revista Forbes em mais de US$ 900 milhões em 2006, o que equivale a cerca de US$ 1,28 bilhão em valores atuais, ficando em sétimo lugar na lista de governantes mais ricos do mundo. Enquanto isso, a população cubana vive com uma renda média mensal de 3.934 pesos cubanos, o equivalente a US$ 163,00, ou R$ 819,89.

Além disso, a revista passou a incluí-lo em sua tradicional relação de homens mais ricos do mundo a partir de 1997. A cifra foi baseada em seu “poder econômico sobre uma rede de companhias de propriedade do Estado”.

Há relatos de que sua vida era luxuosa. “Apesar do que sempre fala, Fidel nunca abandonou os confortos capitalistas, nem escolheu viver com austeridade. Muito pelo contrário, o seu modo de vida é de um capitalista sem limites”, como afirmou seu ex-guarda-costas no livro “A Vida Oculta de Fidel Castro”. A obra também conta que o ex-ditador vivia na ilha privada de Cayo Piedra e usava um iate de luxo e Mercedes-Benz para se locomover.

2) Sob Fidel, a fome dos cubanos aumentou

Além das casas caindo aos pedaços e dos carros defasados em Cuba, o país passa há décadas pela miséria e pela fome generalizadas.

Considerando os preços tabelados pelo governo, o salário médio da população cubana é o suficiente para comprar apenas 20 pedaços de pão, três dúzias de ovos, um quilo de leite em pó, dez latas de extrato de tomate, um quilo de frango e um litro de iogurte natural apenas.

Pior ainda, há décadas a ilha conta com um sistema de racionamento de comida, uma “caderneta” de racionamento. Ela regulamentou a venda de alimentos aos cubanos por mais de 50 anos, com um número cada vez menor de produtos sendo ofertados pelo governo à população. O programa foi criado para enfrentar a escassez de alimentos e a especulação de preços, limitando a quantidade que cada “cidadão” poderia consumir.

3) Mais de 1 milhão de pessoas fugiram de seu regime para ir para os Estados Unidos

Não à toa, os cubanos estão entre as dez maiores populações de grupos de imigrantes nos Estados Unidos desde 1970. Em 2018, por exemplo, foram o sétimo maior grupo, chegando a 1,3 milhão de cubanos, o equivalente a cerca de 3% da população total de imigrantes de 44,7 milhões no país.

O país é o principal destino dos imigrantes cubanos devido à proximidade territorial, mas há outros. A Espanha fica em segundo lugar (141.400), seguida pela Itália (37.300) e Canadá (19.000), segundo estimativas da Divisão de População das Nações Unidas em meados de 2019.

O fluxo de imigração aumentou após o início da Revolução Cubana, em 1953, e continuou elevado após a consolidação do regime, com a ascensão de Fidel Castro ao poder em 1959.

Por fim, há que se falar também dos casos de milhares de pessoas que ainda morrem anualmente na travessia de Cuba até a Flórida em barcos precários, e nem mesmo conseguem chegar à costa americana.

Considerações finais

A despeito da esquerda aclamar Fidel como alguém que simboliza a liberdade, a busca por maior bem-estar dos mais pobres e o respeito aos direitos humanos, a trajetória de sua vida mostra o oposto. O ex-ditador não deveria ser admirado por ninguém que ama a liberdade.

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Luan Sperandio

Luan Sperandio

Analista político, colunista de Folha Business. Foi eleito Top Global Leader do Students for Liberty em 2017 e é associado do Instituto Líderes do Amanhã. É ainda Diretor de Operações da Rede Liberdade, Conselheiro da Ranking dos Políticos e Conselheiro Consultivo do Instituto Liberal.

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