A morte da rainha e a “dívida histórica” britânica
Se você acha que a Rainha da Inglaterra deve alguma coisa a alguém, por causa do passado remoto da Grã Bretanha, da escravidão que em 1801 foi abolida no Reino Unido, pelo imperialismo com o qual os britânicos civilizaram meio mundo, da Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong, Canadá aos Estados Unidos da América, para ficar apenas com os principais, uma coisa fica patente: você é escravo das suas emoções, do seu ressentimento, do seu vitimismo.
Com George III, os britânicos acabaram com as guerras napoleônicas e com o jugo de Napoleão sobre o continente europeu.
Com a Rainha Vitória, houve a Revolução Industrial que libertou, não apenas os negros da escravidão, mas a humanidade da pobreza e da opressão.
Com George VI, pai da rainha Elizabeth II, os britânicos lideraram a resistência contra os nazistas.
A presença dos ingleses na África, na Índia, no Caribe e na Palestina não foi muito exitosa. Com Elizabeth II, a Grã-bretanha experimentou altos e baixos, mas foi no seu reinado que Margareth Thatcher livrou os britânicos do socialismo e ainda deu uma lição aos tiranos argentinos com a vitória na Guerra das Falklands.
Quem tem dívida de gratidão com os ingleses são os brasileiros, que desde o Barão de Mauá já dependiam do capital e da tecnologia daquele pequeno país situado numa ilha dividida da Europa Continental pelo Canal da Mancha e o Mar do Norte.