Os Estados Unidos e a República Constitucional
Os Estados Unidos da América foram concebidos para ser a terra onde o indivíduo poderia lançar suas raízes, florescer e prosperar.
O sistema social e político escolhido foi a República Constitucional. Não era uma monarquia onde todos os indivíduos obedecem a um monarca, nem uma democracia, em que cada indivíduo tem sua vida, liberdade e propriedade submetidas à vontade dos outros, bastando para isso que tal vontade seja majoritária.
Uma República Constitucional rejeita ambos os sistemas: a tirania monocrata e a tirania democrata. Numa República Constitucional, o soberano é o indivíduo e seu reino finda onde findam seu corpo, sua mente e as propriedades que seu corpo e mente criaram ou adquiriram.
Uma República Constitucional permite, não obriga, que os indivíduos interajam entre si livremente, se assim desejarem, seja em nome do conhecimento ou do comércio. Ela livra o indivíduo do fardo de ter que servir com a sua vida aos prazeres dos monarcas e às necessidades do povo. Ela deve vestir o indivíduo com a lei que o protegerá da irracionalidade de reis, das cortes, dos burocratas e dos plebeus.
Uma República Constitucional aceita a necessidade de um governo como instrumento da justiça e da paz, limitando-o ao ponto de que a paz e a justiça possam agir naturalmente, pela vontade espontânea dos indivíduos voluntariamente manifestada, cabendo o uso da coerção apenas na sua forma retaliatória, quando indivíduos, com boas ou más intenções, resolverem agir iniciando eles próprios o uso da força ou de fraude contra os demais.