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A liberdade é o único caminho para a prosperidade

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Nós, presentes aqui hoje, e o comerciante que vende cadeiras na loja ao lado somos a menor minoria do mundo. Somos, cada um de nós, indivíduos únicos. Toda vez que um indivíduo, seja ele quem for, é impedido de ser livre  para fazer suas escolhas, decidir o que estudar, com o que trabalhar e como viver, a liberdade de toda a sociedade morre. Aquele que age de forma íntegra em suas buscas, buscas essas que resumem o anseio de ser feliz e de prosperar, não pode ser parado. Toda vez em que esse indivíduo é parado, todos nós também somos.

Algumas pessoas se intimidam com o termo “filosofia”. Quando escutam a expressão “filosofia liberal”, acabam deixando de lado a oportunidade de compreenderem que, na verdade, o liberalismo é a liberdade, e vice-versa, simples assim. Não existe uma data exata que represente o início dessa filosofia, mas sabe-se que, entre os séculos XVI e XVII, quando despontava o que ficou conhecido como “protoliberalismo”, as civilizações já possuíam o conhecimento sobre o direito de serem livres e de que por meio da consciência racional do ser humano era inconcebível continuarem respondendo aos “divinos reis”. Foi a partir daí que os reis foram perdendo poder e a sociedade experimentou uma maior divulgação das ideias liberais.

John Locke, Adam Smith, Bastiat são exemplos de grandes contribuintes dos fundamentos liberais, os iniciais nessa construção da filosofia, além das escolas liberais, que foram se formando para disseminar essas ideias. Embora várias escolas tenham se destacado, foi com a fusão das escolas inglesa, francesa e alemã que se consolidou o que chamamos hoje de liberalismo moderno.

Essas escolas nos trouxeram as ideias de liberdade de expressão, uma liberdade fundamental, e que, por isso, é preciso limitar o poder daqueles que a contrariam; o ideal da democracia liberal e da eliminação do despotismo; do empirismo, da experimentação das coisas; e da constante necessidade de questionarmos tudo, inclusive qual o propósito das decisões que tomamos.

Outro aspecto da filosofia política liberal é a participação de todos os indivíduos nas decisões que interferem em suas próprias vidas. Só existe uma maneira de obter “pluralismo”, ou seja, desenvolvimento da individualidade, e “contratualismo”, que é a participação na vida pública, e esse caminho é a oferta de educação para todos, para que assim todos participem da construção da cultura, produzam, tenham segurança de suas propriedades e direitos humanos, o que resume o direito ao próprio corpo e ao uso de seus pensamentos e ideias.

E aí entra o Estado de Direito, outra característica de uma sociedade livre. Uma característica que não existe neste país. Falo com total propriedade: não existe Estado de Direito no Brasil. Quando vemos que a lei que vale para o vendedor de cadeiras não é a mesma lei que vale para você, ou para um Supremo Tribunal, para um político, para um rico ou para um pobre, entende-se que, de fato, nossa sociedade está fadada ao sacrifício de uns perante outros e que, dessa forma, nunca seremos prósperos.

Diante de crises como a que estamos vivendo agora, o Estado aumenta consideravelmente de tamanho, e as decisões se tornam mais centralizadas, perdendo muito em qualidade. Porém, não podemos desanimar diante dos cenários; precisamos continuar batendo incansavelmente na tecla da eliminação dos privilégios, da liberdade e da representatividade liberal nos cargos públicos.

Seja você um liberal clássico, um minarquista, um anarcocapitalista ou um neoliberal, ou simplesmente alguém que não quer se enquadrar em um grupo, mas acredita que a liberdade é o único caminho para a prosperidade: nós não podemos perder a vontade e o ânimo de disseminarmos as ideias de liberdade. Não podemos ser extremados gradualistas e esperar que as coisas aconteçam ao seu tempo, e nem sermos a favor de revoluções, pois a liberdade deixa de existir no momento em que a imposição, a violência e a violação da liberdade do outro entram em jogo.

Nós vivemos em sociedade e, por isso, precisamos convencer, e não impor aos demais nossas convicções. Devemos ser consistentes, apoiando o que é correto e nunca admitindo que passos sejam dados para trás. Precisamos acreditar em que, da mesma forma que um dia a escravidão foi abolida, o monopólio que nos tira dinheiro à força um dia também será, e nós viveremos não em um mundo sem regras, mas em um mundo de leis privadas, no qual a vida, a propriedade e a liberdade sejam direitos e a violência contra inocentes, ilegítima.

Por fim, para os que ainda acreditam que a liberdade foi ou pode ser cancelada, relembro que a liberdade não foi criada, ela sempre existiu. A liberdade passa a existir junto ao nascimento de cada um de nós, mas, com o tempo, nos esquecemos de que ela é nossa propriedade. Lute e proteja sua liberdade, assim como você protege todas as suas outras propriedades, e acredite: ninguém no mundo conseguirá cancelar a liberdade que existe dentro de cada um de nós, ela simplesmente não está em jogo.

*Artigo publicado originalmente no site do Instituto Líderes do Amanhã por Jéssica Andrade Prata.

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