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Uma geração que desperta

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Sabe-se que na história contemporânea todas as tentativas de recrudescimento em nome de um ideal de justiça social culminaram em regimes totalitários nos quais a população outrora livre quedou-se inerte frente ao aparato belicoso de um Estado despótico. Ainda hoje não se consegue barrar a impostura de líderes que, sob o pretexto de assegurar ao pobre seu próprio sustento, sustentam-se a si mesmos e à sua tirania.

Não obstante, parece claro que uma nova consciência desperta: a consciência de que os valores morais erigidos pela civilização são incontornáveis e que não é uma escolha saudável atropelar princípios para se alcançar um ideal ou, dito de outro modo, parece claro que o povo amadurece para a concepção de que a caridade necessária para com o próximo é o amor se manifestando e que, quando o amor se manifesta, não há espaço para o recrudescimento violento de estruturas que visam à subjugação de um povo em nome de seja lá qual for o fim.

No momento em que a estrutura do poder é questionada pela perda de compromisso com os princípios éticos e morais, a população reage reavivando em si esses mesmos sentimentos que o poder central rejeitou. É por isso que vislumbramos uma nova conjugação de forças, de forças advindas da fortaleza imaterial de cada um, uma força advinda das profundas convicções em torno do sentido único e inalienável do bem.

O bem, para aquele que o conhece, é algo que fere o coração de tal maneira que o faz gritar além de suas próprias forças; o bem é a sabedoria que conduz um povo para além de suas próprias limitações enquanto entidade cultural e historicamente determinada; o bem é o sentimento que haverá de entreter multidões sem que as liberdades sejam aniquiladas, pois a liberdade de crer, ver, agir e pensar é o que garante a cada um a possibilidade de uma real emancipação.

Conseguimos enxergar com otimismo uma nova conjugação política na qual as velhas idéias que serviram menos à justiça que à subordinação de povos a uma ideologia estão sendo substituídas por um impulso de criação capaz de rastrear na história todos os elementos nobres de uma luta do homem pela posse de si mesmo e pela consecução de seus justos ideais.

Ideais existem e existirão. Ideais mobilizam e exaltam. Ideais são convicções que alteram o ânimo daqueles que o pleiteiam. Mas o ideal que defendemos é um ideal calcado, sobretudo, no respeito ao indivíduo, à sua soberania moral, ao seu talento, à sua capacidade de escolha e às suas inesgotáveis possibilidades de ir adiante no progresso de si mesmo, conquistando, assim, um patamar de lucidez que o fará perceber que tudo aquilo de que necessita estará presente quando aquele cuja mão for estendida receber uma resposta e que o seu bem estar não importa muito quando a humanidade sofre e se contorce em sofrimentos indizíveis.

Antes disso, porém, havemos de concordar que o bem do próximo pode ser assegurado por uma concreta disponibilidade de ajudar, sem que para isso sediemos governos ilusionistas, despreparados e, sobretudo, irresponsáveis com relação ao futuro daqueles mesmos que se arroga atender.

Por enquanto eu vou caminhando, à minha maneira, sem esperar que a humanidade se transforme magicamente. Nessa caminhada tenho amadurecido ideias. Uma delas é a de que o indivíduo pode estar absolutamente convencido de sua verdade, desde que essa verdade não fira a liberdade de ninguém. Uma verdade que busca se impor à força bruta não é digna de florescer, mas uma verdade que floresce apesar da força bruta é um fruto prestes a ser colhido.

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Catarina Rochamonte

Catarina Rochamonte

Catarina Rochamonte é Doutora em Filosofia, vice-presidente do Instituto Liberal do Nordeste e autora do livro "Um olhar liberal conservador sobre os dias atuais".

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