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Sabem o que é o inferno? A Brasília argentina

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AlvoradaJá não é de hoje que a cidade de Brasília é vista pela maioria dos brasileiros como a síntese do que há de ruim no nosso Governo: excessiva centralização, isolamento político, carga tributária elevada, planejamento urbano, vida nababesca com dinheiro público, negociatas, cidade cheia de políticos, e assim por diante.

A própria criação de Brasília já foi um escárnio para a população brasileira. Sob o argumento de que a criação de uma cidade em um descampado no meio do planalto central levaria a uma integração nacional, as contas públicas brasileiras entraram em completa desordem. A estimativa da Revista Veja é que a construção da cidade custou o equivalente hoje a 83 bilhões de dólares. Tivemos inflações anuais acima dos 30% e aumentamos nossa dívida pública em torno de 40% em cinco anos.

No final, a tal integração que se prometeu fazer teve pouco ou nada a ver com Brasília, e sim com o bom e velho capitalismo que pode reduzir as distâncias nacionais através das telecomunicações e dos meios de transporte, e a criação de Brasília acabou gerando mesmo uma ilha da fantasia isolada em si mesmo e com um PIB intoleravelmente maior que a média nacional apenas por conta da coleta de impostos.

Mais de 50 anos depois, nossos hermanos, destruídos moral e economicamente, parecem estar resolvendo copiar esse nosso péssimo exemplo. De acordo com os grandes jornais e revistas, a Presidente Cristina Kirchner declarou que pretende tirar a capital da Argentina de Buenos Aires e levá-la a uma cidade mais centralizada, copiando até mesmo o discurso integracionista de JK. É de se imaginar com que dinheiro se pagará tal aventura, já que a Argentina encontra-se sob moratória e sem conseguir arrecadar tributos suficientes para a manutenção de sua estrutura administrativa. Tal proposta não faz nenhum sentido, a não ser que se considere que o escoamento de dinheiro público necessário a esse projeto seja muito grande e deixe muitas comissões por todo o escalão de governo. Afinal, como os pobres burocratas podem enriquecer ilicitamente sem Copa do Mundo ou Olimpíadas para chamarem de seus?

Pelo menos a entediante piada da capital do Brasil sendo Buenos Aires perderia sua razão de ser.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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