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Preguiça de pensar

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preguisosoTenho sérios problemas com as pessoas ditas instruídas que continuam defendendo o socialismo. Aproximadamente trinta economistas – laureados com o Prêmio Nobel – já provaram, por todas as formas possíveis, que esse sistema não funciona. Mas, a intelectualidade brasileira insiste na viabilidade dessa aberração. Essa gente, que vive anestesiada em uma eterna utopia, ataca o capitalismo como se ele tivesse surgido de um tubo de ensaio. Desprezam, solenemente, a história da civilização ocidental. O capitalismo, meus caros, não foi uma criação saída do bestunto de um acadêmico, mas, sim, um resultado da interação social das pessoas e dos povos.

De mais a mais, nenhum sistema deu tantas oportunidades e gerou tantos empregos como o capitalismo. O socialismo, por sua vez, só trouxe mazelas, pobreza e concentração de renda nas mãos do Estado e de sua “corte”. É exatamente isso que vocês leram, sua “corte”, ou, melhor, os “amigos do rei”. O cidadão comum, em um sistema como este, não tem condições de crescer e se desenvolver. Ele vive em função do Estado e está limitado por uma burocracia entrincheirada que tolhe o seu direito de buscar a felicidade.

Esclareça-se, para esses “sonháticos”, que o Brasil nunca implementou o capitalismo liberal. Vivemos em uma sociedade patrimonialista, que, nos últimos anos, produziu um regime pavoroso de capitalismo de Estado – adotado pela China e pela Rússia. O Brasil, até hoje, não deu chances para o indivíduo. Por que não tentar? Por que insistir nesse caminho de restrição das liberdades por meio do “rolo compressor” estatal?

Sinceramente, não consigo entender esse fetiche pelo Estado como condutor da sociedade. Ora, já tivemos diversos “salvadores da pátria”. Qual foi o resultado? Concentração de renda entre os parceiros do governo e uma barreira de entrada que esgana o pequeno e médio empresário. A estupidez não poderia ser maior. Nos países de economia capitalista liberal, ricos são produzidos aos borbotões, que, por sua vez, geram diversos empregos. Aliás, há vários estudos demonstrando que os pequenos e médios empresários são os maiores criadores de postos de trabalho.

Então, chega desse disco arranhado, deixem de lado o sonho, o delírio e a utopia. Reconheçam que não há nada melhor para permitir a evolução dos cidadãos do que a liberdade do agente econômico. Por favor, não tenham preguiça de pensar. Saiam, de uma vez por todas, deste intuito infantil de “mudar a sociedade para o bem”. Isso é coisa de engenheiros sociais loucos para tomar o poder e usufruir dele, usando massas de manobra repletas de bem intencionados com o coração mole e nenhuma dose de realismo. Quanto menor for o Estado, mais estaremos livres e teremos recursos sobrantes para investir. Este é o ponto!

No Brasil de hoje, uma parcela da população corre riscos e gera recursos para sustentar uma maquina estatal agigantada, um monstrengo ineficiente e dominador que se imiscui diretamente em nossas vidas. Esse paquiderme, por sua vez, não devolve nada para a sociedade, salvo esmolas assistencialistas. Chega desse processo ilusório de transferência de renda dos que produzem para os que não produzem. Como dizia Margareth Thatcher, “o socialismo acaba quando acaba o dinheiro dos outros”.

Vamos focar no que interessa, regras claras, respeito à propriedade privada e investimento maciço em educação básica. Só assim, teremos condições de gerar esperança para as gerações futuras. De outra forma, caminharemos a passos largos para uma sociedade monolítica, capaz, apenas, de servir como barreira de entrada para empreendedores. A facilidade de empreender e os empregos que essa política pode gerar fará muito mais pelos “trabalhadores” – palavra péssima, pois parte da premissa que o empresário não trabalha – do que qualquer legislação trabalhista. Quanto maior a oferta de empregos, maior o poder de barganha para os contratados. Isso, sim, gera desenvolvimento humano. O protecionismo de nossa legislação trabalhista, ao seu turno, só leva ao conflito, prejudicando a todos. Um grande mercado de trabalho, com novos postos florescendo, é o caminho certeiro para o sucesso e para a felicidade.

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Leonardo Correa

Leonardo Correa

Advogado e LLM pela University of Pennsylvania, articulista no Instituto Liberal.

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