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A outra Direita

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direita3São frequentes as pessoas que me contatam através das redes sociais. Algumas, após lerem tudo o que escrevo e publico, acessarem alguns dos meus vídeos e observarem que sou diretor de uma instituição chamada INSTITUTO LIBERAL, concluem imediatamente que defendo a implantação de uma “ditadura de direita” – seja lá o que for isto.

Talvez, o sujeito associe, de alguma forma, o sobrenome de minha família a alguma “ditadura”, ignorando completamente a história do Brasil e o fato de que meu bisavô, Gen. Euclides Figueiredo, foi perseguido por se opor à (esta sim) ditadura Vargas. Ou ainda, que em uma história um pouco mais recente, seu filho e meu avô, João Figueiredo, tenha jurado, desde seu discurso de posse, fazer deste país novamente uma democracia. Cumpriu a promessa, governou com Congresso e governadores eleitos e devolveu o Brasil pacificamente aos civis, mas não sem antes promover a anistia ampla, geral e irrestrita.

Assim sendo, a única explicação que uma mente racional poderia conceber é a de que o sujeito tem apenas dois neurônios: o Tico e o Teco, só que o Tico entrou pelo sistema de cotas e o Teco está encostado recebendo Bolsa Família. Mas, o que mais me surpreende nestas interlocuções não é a revolta dos esquerdistas completamente lobotomizados pelo MEC. Estes abundam até mesmo nas redações dos jornais e revistas de grande circulação. Os que realmente me escandalizam são os que me contatam porque APOIAM esta tal “ditadura de direita”, que teria minha suposta simpatia.

Veja bem, se todo meu discurso é focado na tentativa de diminuição do poder do Estado, no aumento das liberdades individuais e na restauração de uma verdadeira democracia, existe uma outra direita no Brasil que defende algo que é quase tão opoente a estes valores quanto o próprio socialismo. Das bocas da outra “direita” sai uma verborréia absolutamente inominavel, que vai desde a execução sumária de Lula, Dilma, Dirceu (e dependendo, também de FHC), até os clamores por um novo “Golpe Militar”, passando pela constatação de que toda imprensa, governos e empresas estão dominadas pela maçonaria. A lista de boçalidades é interminável e a transcrição de alguns de meus diálogos com esta classe será fruto de artigos futuros.

Há quem diga, não sem razão, que são lunáticos completamente inofensivos e, por definição, jamais terão a capacidade de colocar qualquer uma destas ideias em prática ou gozar de qualquer influência. Mas, o que talvez ignorem, é o tremendo desserviço que uma “direita” faz à outra no Brasil. Pois a esquerda, com seus diversos instrumentos, utiliza-se daqueles como se fossem úteis ferramentas de propaganda, cujo único propósito é caricaturizar como extremistas, quaisquer autênticos liberais ou conservadores. A última consequencia é a vala comum em que cai todo e qualquer direitista que, aos olhos dos cidadãos que se julgam de bom senso, torna-se um verdadeiro leproso sequer digno de contato.

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Paulo Figueiredo Filho

Paulo Figueiredo Filho

Cursou Comunicação Social e Economia na PUC-Rio e é bacharel em Filosofia. Teve significativa passagem pelo setor público como assessor especial e chefe de gabinete no Governo do Estado e na Prefeitura do Rio de Janeiro. De volta à iniciativa privada, hoje atua como CEO do grupo Polaris Brazil, à frente de empreendimentos imobiliários e hoteleiros de porte internacional, incluindo o Trump Hotel do Rio de Janeiro.

Um comentário em “A outra Direita

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    28/09/2014 em 9:22 am
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    Admiro-me você nobre amigo Figueiredo, um defensor da “democracia” que seu avô ajudou a trazer sem que a população estivesse preparada, não aceitar opiniões de pessoas que achariam melhor novamente um governo militar. Acredito que o amigo tenha ciência de que, caso haja a necessidade (e já está havendo) de uma nova intervenção constituinte, a mesma, nos dias de hoje não chegaria nem próximo da tal “ditadura” que houve entre 64 e 85, os tempos são outros mas ao contrário do que se esperava, a tal “democracia” não desenvolveu o país … o povo regrediu moralmente e civicamente. Creio que até nisso o amigo venha a concordar.

    Acredito sim que um novo governo militar, seja ele instituído através de voto ou de intervenção venha a trazer novamente a dignidade e tranquilidade para um povo sofrido, que é manipulado a não saber o que é o melhor para si.

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