O problema do cálculo da inflação
A grande discussão do dia está na questão do cálculo do inflação. Convenientemente no momento em que o mercado projeta uma inflação acima do teto da meta estipulada pelo Governo, de 6,5%, técnicos do próprio Governo agora querem retirar os alimentos e o petróleo do cálculo da inflação, sob o argumento que o preço de ambos se comportam de maneira aleatória. O Presidente do IL simplificou de maneira competente o problema, trazendo duas consequências práticas: (i) ou será um cálculo de inflação de um país onde as pessoas não comem e não se locomovem de carro, ou (ii) se o preços dos alimentos e do petróleo passarem a subir de maneira constante, ambos serão ignorados pelo cálculo da inflação, fazendo-o impreciso.
Não é a primeira vez que o Governo tenta mudar o cálculo da inflação, de acordo com rumores do IBGE. Há uma discussão acerca da área geográfica a ser analisada, se apenas as grandes cidades ou o interior também. Como o novo cálculo teria acabado por mostrar um aumento maior da inflação, abandonou-se o projeto de expansão pro interior.
O que deve ser considerado nesta celeuma não é tanto a risível tentativa de mascarar o aumento da inflação, mas sim a confissão disfarçada, feita pelos técnicos do governo, que inflação não tem a ver com o aumento do índice geral de preços, afinal, se inflação fosse isso, a generalidade dos preços deveriam ser levados em consideração, sem exclusão do que for, especialmente preços importantes como alimentos e petróleo.
Na verdade, inflação é a desvalorização do valor unitário intrínseco da moeda, pouco importando se há ou não, em curto prazo, o aumento do índice geral de preços. Quando o valor unitário da moeda é desvalorizada, por consequência há uma necessidade natural de se usar mais unidades daquela moeda para se comprar determinado bem ou serviço, mas isso necessariamente não ocorre em curto prazo, pois o aumento da produtividade social e o aumento das importações, entre outras medidas, podem disfarçar a desvalorização da moeda.
E essa moeda se desvaloriza por ordem do Governo com o aumento da quantidade de dinheiro na economia, seja através da produção própria de dinheiro, seja através da alavancagem de crédito sem lastro pelos bancos públicos e privados.
Portanto, ironicamente, eu concordo com o Governo: alimentos e petróleo não devem ser usados para medir inflação. Mas também nenhum outro preço de bem ou serviço. O que deveria ser usado para medir inflação seria a expansão da base monetária, e tal expansão deveria ser noticiada pela mídia como ela realmente é, ou seja, como o uso do poder estatal de fabricar dinheiro para transferir o valor do dinheiro nas mãos da população para o dinheiro novo produzido, que pagará contas públicas descontroladas e juros para o sistema bancário.
Pena ser mais conveniente para o Governo continuar iludindo a população com conceitos econômicos deturpados.
PREZADO SR.SANTORO,
NA MINHA SINGELA OPINIÃO OS ÍNDICES DE INFLAÇÃO NÃO MEDEM EXATAMENTE A INFLAÇÃO EM SI .SÓ ACREDITA NESSES ÍNDICES ÀQUELES QUE ACHAM QUE A INFLAÇÃO É O AUMENTO GENERALIZADO DE PREÇOS.MAS PARA OS AUSTRÍACOS A INFLAÇÃO VERDADEIRA DEVE ESTIMADA NO VOLUME DE DINHEIRO NOVO IMPRESSO E QUE FAZ AUMENTAR A BASE MONETÁRIA.PELA PRIMEIRA VEZ O BANCO CENTRAL DISSE QUE HOUVE UM AUMENTO DO MEIO CIRCULANTE EM 15% E COM O PIB EM BAIXA ,CERTAMENTE QUE ESTAMOS NUM AMBIENTE INFLACIONÁRIO.