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O exemplo do Sr. Stephanopoulus

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220px-Kostis_stephanopoulosSr. Stephanopoulus e sua família moravam numa magnífica casa ornada com a melhor das artes e também muitos quartos, muitas salas, muitos eletrodomésticos, muitos funcionários e vários carros na garagem. Esposa e filhos compravam tudo o que desejavam sem perguntar o preço. Para entreter a família e a vizinhança, Sr. Stephanopoulus oferecia festas e até torneios esportivos em seu jardim. Sr. Stephanopoulus também adorava distribuir esmolas aos mais pobres. No bairro, não havia quem não os reconhecesse como uma família bem sucedida por causa do luxo que ostentavam e da caridade que realizavam.

Sr. Stephanopoulus era um grande produtor de azeite. Ninguém produzia mais azeite que ele. Suas plantações eram imensas. Seus funcionários eram os que recebiam os salários mais altos, gozavam das maiores regalias e nunca eram pressionados a trabalhar melhor. Seus gerentes eram seus amigos de infância, todos tratados como príncipes.

Quando alguém levantava a dúvida se ele não estava gastando demais, Sr. Stephanopoulus gritava… “O mundo não vive sem o meu azeite!”. Quando alguns amigos lhe aconselhavam a investir na modernização de sua produção e no treinamento de seus funcionários para se tornar mais competitivo diante dos azeites que começavam ser produzidos por outras famílias, Sr. Stephanopoulus simplesmente bania tais pessoas do convívio com sua família e proibia a entrada em sua empresa. No entanto, seus amigos estavam certos: Novos azeites, produzidos a custos mais baixos, começaram a ganhar mercado fazendo o azeite de Sr. Stephanopoulus cair de preço. Mesmo assim, do alto de seu orgulho, Sr. Stephanopoulus e negava a diminuir os luxos da família e dos funcionários para investir na eficiência de sua empresa.

Quando começou a faltar dinheiro para pagar alguns compromissos, Sr. Stephanopoulus renegociou as dívidas crendo numa subida do valor do seu azeite no mercado. Mantendo segredo, Sr. Stephanopoulus foi administrando o acúmulo de dívidas até que seus fornecedores também começaram a ter problemas financeiros justamente por causa de seus calotes. Quando pararam de fornecer insumos e serviços para não aumentarem seus próprios prejuízos, a real condição financeira da empresa do Sr. Stephanopoulus veio a público. Questionado por sua família, Sr. Stephanopoulus primeiro tentou se esquivar da realidade, mas logo teve que reconhecer a gravidade da situação, porém, fugindo da responsabilidade: “A culpa é desses invejosos concorrentes que abaixaram seus preços apenas para me destruir!”.

O caos se instalou na família do Sr. Stephanopoulus e também em sua empresa. As mesadas da esposa e dos filhos cessaram. Os salários dos funcionários pararam de ser pagos. Os mendigos ficaram sem suas moedas.

Do caos, à revolta.

Sr. Stephanopoulus se viu obrigado a pedir dinheiro aos bancos, que fizeram suas exigências: “Emprestaremos diante de seu compromisso de reduzir drasticamente seus gastos, pois só assim enxergaremos que você terá condição de levantar sua empresa, voltar a obter lucros e nos pagar”.

Esposa, filhos, funcionários e até os mendigos se revoltaram. Ninguém estava disposto a perder qualquer coisa; nem o Sr. Stephanopoulus, que passou então a acusar os banqueiros pelo caos: “Eles só pensam em dinheiro! Não se importam com nossas vidas! Eles querem se intrometer em nossa soberania familiar e empresarial ditando como devemos nos comportar. Querem que demitamos funcionários e que cortemos os salários dos poucos que permanecerão em seus empregos. Querem que eliminemos mesadas, que paremos com as festas, que esvaziemos a piscina, que cessemos as esmolas e até que vendamos nossos carros! Abutres!”

Os lamentos e ataques não resolveram nada. Esposa, filhos, funcionários e mendigos pediram a cabeça de Sr. Stephanopoulus, que abandonou a todos e sumiu – soube-se, depois, que ele tinha uma fortuna particular escondida noutro país.

A revolta se instalou completamente quando todos se viram sem dinheiro e sem liderança. A má administração de Sr. Stephanopoulus contaminou todos os negócios e famílias da vizinhança, afetando principalmente os mais pobres, que perderam seus empregos.

O luxo e orgulho de outrora transformou-se em pobreza e vergonha.

Outras pessoas sucederam Sr. Stephanopoulus por breves momentos sem, no entanto, que alguém acatasse as condições dos banqueiros.

Quando o caos começou a gerar violência, tiveram que ceder.

Desde então, as famílias dependentes do azeite vem se reestruturando à dura pena, porém, com a lição muito bem aprendida de que famílias ou empresas devem ser administradas em função do saldo entre receitas, gastos e recursos para investimento, não em função de desejos, orgulhos e maquiagens contábeis.

Mas o homem, em sua ignorância voluntária, insiste em cometer os erros uns dos outros mesmo ciente dos resultados.

Do outro lado do mundo, quatro famílias se correlacionam pela insistência nos mesmos erros do Sr. Stephanopoulus. A família do Sr. Castro, rica em açúcar e tabaco, vive de esmolas há mais de cinco décadas. A família do Sr. Chaves, rica em combustíveis, desmoronou há pouco tempo. A família do Sr. Kirchner, rica em cereais e vinhos, está desmoronando. A família do Sr. Inácio, rica em tudo, deve desmoronar em breve. Todos eles têm em comum não apenas a irresponsabilidade sistemática com que administram suas contas, mas a insistente justificativa de que os problemas são causados pela ganância dos outros, não pelos seus próprios delírios existenciais e ideológicos.

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João Cesar de Melo

João Cesar de Melo

É militante liberal/conservador com consciência libertária.

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