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IR não reajustado a 6,5% = mais imposto no seu bolso

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irHá séculos, os governos descobriram na brincadeira sem graça de imprimir dinheiro uma artimanha para se autofinanciar. Uma prática legalizada apenas para iluminados que definem o preço do dinheiro, que podem dar o carimbo Estatal de qualidade, aquele que obriga você a receber um pedaço de papel sem lastro dentro de um território.

A consequência desse processo é a desvalorização da moeda, também chamada de inflação, responsável por corroer a renda dos indivíduos. No “livre mercado de impressoras estatais” a base da pirâmide recebe o novo dinheiro quando, possivelmente, os preços já foram corrigidos, para cima, claro! Na prática, é nada mais que um imposto invisível.

Todo esse contexto é para falar do Imposto de Renda, se é que renda deveria ser taxada numa sociedade capitalista (assunto para outro texto). O óbvio ululante é que a correção das categorias que são obrigadas a pagar IR sejam ajustadas de acordo com a desvalorização da moeda e da renda, bem como as que devem ser isentas. Se você não tem culpa da desvalorização da moeda e da alta dos preços, não é justo pagar esta conta.

Mas no Brasil, local que é possível chamar de superávit um déficit fiscal, a “lógica” é diferente. A mesma presidente que gastou muito, investiu pouco, negligenciou a inflação e deixou o PIB e a indústria em frangalhos não deixou de fazer o que sabe de melhor: fugir às responsabilidades. Um mês depois de vetar o reajuste de 6,5%, ela afirmou  “vetei, não é porque queria. Não tinha recurso pra fazer”, contou Dilma, ao G1 na última sexta-feira (20/02).

Ok, mas quem foi que deixou o país nesta situação? Ora, quem foi que mandou o BNDES emprestar alguns bilhões com uma taxa de juros de Dilmãe para grandes empresários? Que descontrolou a política de desonerações fiscais? Que fez populismo tarifário em nossa energia elétrica (que agora custa caro a todos nós)? Quem baixou os juros na marra? Quem determinou o uso descarado da Petrobrás na política inflacionária? Que aceitou receitas não recorrentes como desempenho superavitário?

A memória de todos nós um dia pode falhar, mas, atenção, algumas amnésias podem ser oriundas de leviandade.

Vamos ser claros, o governo Dilma arrecadou mais, fez tudo errado, escondeu os erros o quanto pode e, agora, que conta chegou: “ toma contribuinte, a fatura é sua”. IOF, Cide, IPI, aumento de energia e gasolina em cascata e agora o veto ao reajuste do IR, que chegou a ser aprovado pelo congresso no final do ano passado. Se não tivesse sido barrado por Dilma o reajuste elevaria do teto de isenção do IR a salários de R$ 1.787,77 para R$ 1.903,98, além de aplicar o reajuste de 6,5% nas demais faixas da tabela.

A taxa de reajuste em 6,5% é baseada na Inflação Oficial que só fechou o ano nesta média por conta do represamento dos preços administrados– longe da inflação real. Em 6,5% já poderia ser um prejuízo para os cidadãos. Ou seja, qualquer reajuste do IR menor que este valor é, na prática, mais um imposto colocado na conta do contribuinte.

Para quem, como eu, defende a redução de gastos e acha que este reajuste faria mal às contas públicas, vale dizer que há muita gordura em folha, em repartições públicas, Ministérios etc e garanto que um verdadeiro corte  de gastos daria bilhão hein, Ciro.

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Wagner Vargas

Wagner Vargas

Graduado em Comunicação Social pela Universidade Anhembi Morumbi, Mestrando em Administração e Gestão Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV- EAESP), onde graduou-se em cursos de especialização em economia. Também é Sócio-Diretor da Chicago Boys Investimentos e atua com Assessoria de Imprensa, Comunicação Estratégica, Relações Públicas nos mercados: Siderúrgico, Varejo, Mercado Financeiro, Telecomunicações e em campanhas políticas. Integrante dos Conselhos de Economia e Investimentos em Inovação da CJE/FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), também é especialista do Instituto Millenium, onde produz entrevistas e artigos para o blog da Revista Exame.

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