fbpx

Homossexuais do Brasil: Patrimônio da Humanidade

Print Friendly, PDF & Email


Mauricio Sá*

glbtbrAventurar-se sobre estas áreas no Brasil atualmente tornou-se algo funesto. Qualquer tentativa de diálogo civilizado, expondo pontos e contrapontos,  é devidamente apagado com uma histeria pueril, a priori, e com os epítetos mais nocivos aos ouvidos de qualquer cidadão de bom senso que cultiva o debate saudável. Os ruídos que ouço deste lado do oceano acerca do badalado tema me trouxe horas a fio de reflexões sobre uma sociedade que, há pelo menos um ou dois quinquênios, tem fervido sob uma tortura – antes tácita, agora expressa- de parte de um grupo (não estendo a crítica de forma generalizada) que através da truculência e com argumentos inverossímeis vem se organizando e ganhando força, de forma preocupante,  nos mais diversos setores da sociedade brasileira.

O famigerado movimento GLBTSMD (Gays, Lésbicas, Transgêneros, Simpatizantes, Modistas e Duvidosos), que tem como seu “Messias Colorido” o deputado federal Jean Wyllys  -conhecidíssimo pela sua verborragia e ungida intelectualidade autoritária- e assenta seu modus operandi em  recursos extremamente primitivos  numaconcatenação de uma retórica inflamada de malícia e romantismo vitimizatório,conseguiu atrair um vulto bastante expressivo de pessoas que acabaram cedendo a este inescrupuloso ilogismo do “nós contra eles”.É sabido, e qualquer pessoa minimamnte informada apercebe-se,que está em curso no Brasil uma verdadeira segregação dentro da sociedade. Deste modo, pode ser visto a olhos nus que  a máxima “dividir para governar”paulatinamente vem alargando seus tentáculos no país. A ideia de desorganizar para enfraquecer, que é uma obviedade ululante no campo de estudo da Ciência Política –  reiteradamentevista em qualquer governo que vislumbre algum tipo de projeto hegemômico de poder, está em processo de cristalização a passos largos por aí.

Ademais, o que chega a ser mais espantoso, beirando o ridículo, é ver a entusiástica participação de grande parte da intelligentsia do Brasil advogar e corroborar acerca desses privilégios a determinados grupos (aqui em específico aos homossexuais) sem o mínimo de ponderação, debate ou obstacularização por medo e receio das represálias que porventura surgirão neste ambiente que está, a cada dia, sendo asfixiado por patrulhas autoritárias e politicamente corretas. Esquecem-se eles que a apatia, inação e o silêncio também são formas de concordância – ainda que  moralmente reprováveis.

Fiz-me saber, através dos escritos do Rodrigo Constantino em Veja, que o Rio de Janeiro está para aprovar uma lei anti-homofobia que irá punir estabelecimentos públicos e privados que discriminem pessoas em função da sua orientação sexual. Fica uma pergunta: o ordenamento jurídico já não prevê/ protege a todos os brasileiros de qualquer tipo de agressão, seja ela física ou verbal?Acho uma boa dialética. A desarmonia entre sociedade civil elegislativo é uma grande forma de catapultar esses privilégios que, na minha visao,são odiosos e criadores de grandes infortúnios futuros.  Certa vez o juiz da Suprema Corte Americana, Oliver Wendell Holmes, disse:“a palavra direito é uma das armadilhas mais traiçoeiras e uma constante solicitação de falácia”. Quando esta solicitação falaciosa consubstancia-se em “direitos”, as consequências destas “boas causas” são majoritariamente negativas; uma vez que, nesse caso em específico,  está sendo criada uma lei que potencializadescaradamente algo que a intenção seria mitigar.

Concluindo este percurso sensível e perigoso, tendo a verificar que vai chegar um momento em que esse embróglio de distribuição de benesses e privilégios no Brasil será uma excrescência  de tal ordem que será uma tarefa impraticável organizá-las, e, consequentemente, a conta dificilmente vai fechar. Hoje são as sanções rígidas para discriminação, amanhã vem o pedido de cotas para esta parcela da sociedade, e, no próximo mês,protocolar na ONU um pedido para pleitearstatus de Patrimônio da Humanidade. Aí sim, estarão protegidos pelo ordenamento jurídico do Brasil e também sob a égide do Direito Internacional. Há quem duvide?

*Mauricio Sá, faz mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais na Universidade Nova de Lisboa. 

Faça uma doação para o Instituto Liberal. Realize um PIX com o valor que desejar. Você poderá copiar a chave PIX ou escanear o QR Code abaixo:

Copie a chave PIX do IL:

28.014.876/0001-06

Escaneie o QR Code abaixo:

Instituto Liberal

Instituto Liberal

O Instituto Liberal é uma instituição sem fins lucrativos voltada para a pesquisa, produção e divulgação de idéias, teorias e conceitos que revelam as vantagens de uma sociedade organizada com base em uma ordem liberal.

4 comentários em “Homossexuais do Brasil: Patrimônio da Humanidade

  • Avatar
    27/04/2014 em 9:57 pm
    Permalink

    Errata: Imbróglio

  • Avatar
    22/04/2014 em 4:01 am
    Permalink

    “Fica uma pergunta: o ordenamento jurídico já não prevê/ protege a todos os brasileiros de qualquer tipo de agressão, seja ela física ou verbal?”

    Partindo dessa sua afirmação, posso concluir que você é contra todo tipo de lei que regulemanta a punição em casos específicos, como por exemplo a lei contra discriminação racial que já existe e é vigente?

    • Avatar
      24/04/2014 em 1:27 am
      Permalink

      Discriminação racial lato sensu, e não somente de negros, brancos, pardos, verdes ou pintados.

  • Avatar
    20/04/2014 em 8:18 pm
    Permalink

    De fato, quem tem conhecimento dos grupos de pressão e lobbies gay imiscuidos nos altos escalões do governo só pode pintar esse quadro aterrador para o futuro. Da mesma forma que já há secretarias de “políticas de promoção da igualdade racial” e de “Políticas para as Mulheres” , alçadas ao status de ministérios, eu não ficaria surpreso se surgisse um ministério glbt.

    É óbvio que gays merecem respeito e merecem ter todos os direitos que as demais pessoas possuem. O grande problema é quando esses direitos começam a virar privilégios às custas dos demais.

    http://minoriadeum.blogspot.com.br/2013/12/a-questao-do-reconhecimento-civil-de.html

Fechado para comentários.

Pular para o conteúdo