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Em defesa da “mercantilização” do ensino

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BERNARDO SANTORO*

Na tarde de anteontem foi votado o Plano de Carreira, Cargos e Salários dos profissionais de educação do Município do Rio de Janeiro. O escritório onde ainda exerço algumas poucas atividades fica em frente à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, e tive o infortúnio de passar lá no dia da batalha campal entre PMs e professores/Black Blocs.

Os professores pretendem passar a sua versão de PCCS e ter maior ingerência sobre o ensino do Rio de Janeiro. A população, que é muito entusiasmada com o tema, promete uma passeata gigantesca na segunda-feira, tal como aconteceu nas passeatas de junho. Caso isso efetivamente ocorra, perderei mais um pouco da fé que tenho no povo do Rio.

A educação brasileira é extremamente viciada em ensinar “consciência social”, e pouco prática na hora de ensinar conteúdos que realmente podem mudar a vida da pessoa. O objetivo dos professores ligados ao SEPE (sindicato estadual dos profissionais de ensino) é a manutenção dessa estrutura, chamando qualquer outra visão diferente de “projeto neoliberal” e “mercantilização do ensino para fins de criar mão-de-obra para o capital”.

Mas é exatamente disso que o pobre precisa! Um indivíduo é pobre porque, por razões históricas, culturais e familiares, sua mão-de-obra é pouco produtiva e pouco especializada. Nenhum ensino de “consciência social” mudará esse dado. O que muda é se o pobre receber educação que transforme sua mão-de-obra em especializada e produtiva, de forma que ele se sirva da sociedade e vice-versa.

Então vamos deixar isso bem claro, caso a população carioca ainda não tenha entendido. O SEPE argumenta, para quem quiser entender, que não tem interesse em ver o pobre aprendendo técnicas que o façam sair do estado de pobreza em que vivem, mas sim aprender doutrina socialista que vai manter o pobre no mesmo lugar e cujos filhos também passarão pela doutrinação inútil desses professores, em um macabro círculo vicioso de miséria e lavagem cerebral.

Isso, é claro, enquanto defendem um plano de cargos cujos salários de professores da rede pública podem variar de R$ 53 mil a R$ 132 mil mensais, segundo cálculos, o que é inconstitucional, por serem supersalários.

Tal plano levaria, necessariamente, a um aumento dos impostos municipais do Rio, que já é um dos mais altos do Brasil.

Com isso, fico na esperança de que o povo carioca entenda que o plano do SEPE é nocivo para toda a sociedade brasileira, e que se informe sobre verdadeiras propostas de melhoria na educação.

*DIRETOR DO INSTITUTO LIBERAL

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