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A Copa brasileira que começou e terminou em “um sete um”

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Chegou ao fim a Copa para o Brasil, se não na teoria, pelo menos na prática e nos corações de milhões de brasileiros, após a trágica derrota para a Alemanha no que já se convencionou chamar de Mineirazo. Agora, sem a paixão que tomou conta dos brasileiros no último mês, podemos voltar a criticar a realização da Copa do Mundo no Brasil.

Foram gastos, de acordo com o Governo, mais de 25 bilhões de reais com a Copa do Mundo para uma arrecadação de 17 bilhões, o que já traz um prejuízo público bilionário. Além disso, ainda não se conseguiu calcular os custos dos dias parados em feriados em todo o país em contraposição aos lucros auferidos com a atividade turística. E com todos esses cálculos, ficará sempre faltando o cálculo do custo de oportunidade de se usar todos os recursos gastos em outras atividades que poderiam ser mais relevantes para a população brasileira.

Há mais de quarenta anos não se via uma Copa do Mundo tão politizada quanto esta. O Governo Federal, capitaneado pelo PT, apostou tudo na realização desse evento com a finalidade de alavancar suas candidaturas em 2014. Com o sucesso momentâneo da seleção, foi possível acobertar todas as fraudes e malfeitos que envolveram a promoção do evento. O resultado da semifinal põe por terra a capitalização política do evento, e agora todas as mazelas serão paulatinamente reveladas: os casos de corrupção, superfaturamento, cambismo oficial, favorecimento pessoal, fraudes bancárias, violência policial, mortes e projetos de obras públicas inacabadas são apenas alguns do casos a serem revelados em breve, como já foram insistentemente denunciados por este Instituto Liberal.

O que não pode nunca ser esquecido é a verdade inegável que não é, nunca foi e nunca será papel do Estado, seja em que concepção política for, promover eventos esportivos de cunho privado. Copa do Mundo não é prioridade pública em nenhum país. Quando as prioridades públicas de um governo estão corretas, o mercado naturalmente se ocupa da promoção de bens e serviços mais extravagantes. Não é coincidência ver o nosso algoz de ontem, a Alemanha, país que tem as prioridades em ordem, ter à disposição da sua sociedade serviços de qualidade, notadamente através do setor privado, e ainda se dar ao luxo de investir posteriormente e através do setor privado no velho esporte bretão, a ponto de atropelar o Brasil, país do futebol (e mais nada além disso), na casa do adversário. Vencer o Brasil num jogo de futebol é apenas um luxo eventual, pequeno e de pouca importância perto de outras vitórias mais importantes. Países liberais como a Alemanha já venceram o jogo da vida.

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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