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A autodelação petista

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autodelaçãoUma das características mais impressionantes do governo petista é a autodelação. Nem me refiro aos casos de corrupção delatados por membros de sua própria teia política. Refiro-me ao hábito do PT de enaltecer gigantescos volumes de investimentos em diversas áreas nestes últimos 12 anos, porém, sem oferecer resultados concretos.

Nesta campanha, Dilma dividiu-se entre caluniar seus adversários e nos lembrar dos bilhões e bilhões e bilhões que gastou para manter o país do mesmo jeito. Triplicaram os investimentos em educação ao longo dos três governos petistas para oferecer ao país, hoje, a mesma péssima educação que sempre teve. A grande maioria das crianças que entrou numa escola pública para ser alfabetizada a partir de 2003 continua semi-analfabeta, incapaz de interpretar um simples texto. Pior: graças à política de massificação da péssima educação, o governo ofereceu diversas formas de se obter diplomas técnicos e universitários, transformando péssimos estudantes em péssimos profissionais  − fiéis eleitores.

Os investimentos em segurança também foram aumentados, assim como os casos de violência urbana. O aumento no consumo de cocaína foi diretamente proporcional ao aumento de investimentos no controle das fronteiras. O investimento em mobilidade também foi diretamente proporcional aos subsídios federais dados ao setor automotivo. Ou seja: Lula e Dilma gastaram montanhas de dinheiro para manter os mesmos problemas ou, até, para agravá-los.

O cidadão comum, aquele que mora na periferia, hoje vai e volta de seu trabalho com mais conforto e em menos tempo? Não.

O cidadão comum, aquele que mora na periferia, hoje vive num bairro com boa infraestrutura e segurança? Não.

O Ministério da Saúde orgulha-se de ter aumentado em 58% seus investimentos nos últimos 4 anos, porém, não existe usuário do SUS que reconheça que o atendimento passou de péssimo para, pelo menos, regular nesse período. O sistema continua caro e ineficiente.

Lula, Dilma e seus companheiros também enchem a boca para dizer que o governo do PT promoveu centenas de concursos públicos ao longo desses anos, empregando dezenas de milhares de pessoas. Ok, mas… em quanto isso melhorou a qualidade dos serviços públicos oferecidos ao cidadão? Zero.

A exaltação de sua própria incompetência ganha ares de comédia quando Dilma estufa sua volumosa caixa torácica para dizer que estendeu o Bolsa Família a 5 milhões de pessoas em seu governo. Que fique claro: Programa social é aquilo que objetiva tirar uma parcela da sociedade de uma situação para colocá-la noutra melhor. Programa assistencial é uma ação emergencial, como exemplo, levar comida aos que estão quase morrendo de fome. Diante disso e dos números fornecidos pelo próprio governo, qualquer pessoa intelectualmente honesta conclui que o Bolsa Família assumiu um papel meramente assistencialista (e eleitoral), comprovando a ineficiência dos programas sociais.

Depois de 8 anos de PT, ainda havia 5 milhões de brasileiros precisando que o governo lhe fornecesse uns trocados por mês para ter o que comer?!

Hoje, depois de 12 anos de petismo, mais de 14 milhões de famílias ainda dependem de Bolsa Família e de outros benefícios para sobreviver?!

Pois é…

A Região Nordeste foi tão agraciada por Lula e por Dilma nesses anos todos que, ainda hoje, metade de sua população depende do programa. Quanto desenvolvimento!

Segundo o próprio governo, 70% dos beneficiados do Bolsa Família trabalham. De duas uma: Estas pessoas estão sugando mais essa tetinha para colocar uns trocados no bolso ou têm salários tão baixos que precisam do benefício –  lembrando que o maior empregador do país é o Estado. Seja lá o que for, salta aos olhos a falácia do baixo desemprego apontado pelo governo como comprovação do desenvolvimento do país. A verdade: O Brasil não se sustenta sobre uma massa de trabalhadores qualificados e bem empregados. A indústria, diante da péssima mão-de-obra formada pela educação estatal, precisa pagar 3 funcionários para fazer o trabalho que poderia ser feito por um. Por isso o salário é baixo. Por isso tantos têm emprego. Por isso, também, o custo de produção é tão caro no Brasil – lembrando que não é o número de funcionários de uma empresa que a faz crescer, mas, sim, a qualificação dos mesmos.

E o que dizer sobre a burocracia e o sistema fiscal brasileiro? Faltou tempo e dinheiro para dar uma dúzia de canetadas? Não. Lula aproveitou os 80% de média de aprovação de seu governo para fazer qual reforma? Nenhuma.

A mesma verdade: O Brasil continua sendo uma economia esmagada pela mão do Estado; continua sendo um país de trabalhadores despreparados e mal remunerados, cada vez mais dependentes de programas assistenciais; 70% dos trabalhadores ganham menos de dois salários mínimos por mês.

Que desenvolvimento social e econômico é esse que o PT tanto festeja?!

A comemoração do PT poderia ser comparada a de um pai “mui protetor” que se orgulha que o filho tenha conseguido um emprego na firma da própria família, cujo baixo salário é compensado pela mesada que recebe desde a adolescência.

Cada valor de investimento que o governo divulga comprova sua crônica ineficiência e evidencia os ralos de desperdício e de desvio desse dinheiro todo. Os tantos programas assistenciais são sustentados hoje por um restinho de gordura acumulada nos anos em que as commodities brasileiras estavam supervalorizadas no mercado internacional. O PT só joga no ventilador os números de sua incompetência porque tem a certeza de que o povão, em sua glorificada ignorância, não faz relação entre o que ouve dos políticos e a realidade a sua volta. Se o PT conseguiu apagar da memória da sociedade brasileira a transformação que o Plano Real ofereceu ao país, não lhe custa muito transformar em poesia os números de sua própria incompetência.

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João Cesar de Melo

João Cesar de Melo

É militante liberal/conservador com consciência libertária.

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