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O terrorismo ao alcance da mão

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Colaboradores

22.08.06

 

O terrorismo ao alcance da mão

 

___ Nahum Sirotsky*

 

 

O jornal Spiegel on line, versão na Internet de um dos gigantes da mídia internacional, o jornal alemão Der Spiegel, resenha o livro de Yassin Musharbash (editor), A Nova al Qaeda:

“Hoje, escritórios e campos de treinamento da organização são coisas do passado. Tudo o que o recruta precisa é de uma conexão da Net.”

O autor lembra que em março de 2002 o jornal americano The New York Times anunciava ter descoberto trechos do Manual de Treinamento do grupo terrorista Jihad que foi usado pela Al Qaeda na formação de não menos de 20 mil guerreiros nos seus campos no Afeganistão. O jornal conseguiu reconstituir inúmeros capítulos da “Enciclopédia do Jihad”. A agência de notícias Associated Press publicou um resumo que ensinava como fabricar explosivos, uso de pistolas, granadas e minas, atos de sabotagem, lavagem cerebral (ou a arte de fazer o recruta acreditar), desenho de tanques, leitura de mapas, todo o necessário para transformar o recruta numa arma mortífera. Na época, eram poucas as cópias existentes.

Agora, com a Internet, segundo a resenha, desde 2003 a Enciclopédia está ao alcance de quem entende árabe, para quem a sabe procurar na rede. A primeira edição teria sido obra de veteranos da guerra dos muçulmanos contra as tropas soviéticas. A versão para o inglês do título da enciclopédia é “Islamic Emirate of Afghanistan – Office of Services – Leadership of Military Camps and Fronts“.

A Enciclopédia vem sendo atualizada pelos jihads e os especialistas reconhecem textos escritos pelo grupo palestino Hamas. Hoje existem várias versões em centenas de sites, muitas inteiramente originais. Mas é fácil encontrar instruções sobre a produção de armas biológicas e químicas.

Na resenha do Spigel on line pode-se ler: “Em abril de 2005, um site muçulmano oferecia versão atualizada da Enciclopédia e vídeo de como fabricar os cintos explosivos usados pelos homens-bomba. Em outubro, circulava um manual de terrorismo atômico. O grupo Al Qaeda deu o sinal verde para quem quisesse ser ativo por conta própria. E cita o que escreveu Al-Aziz al-Muqrin, líder da Al Qaeda na Arábia Saudita: “Com a ajuda de Deus (Alá), agora será possível para você, por sua conta e em seu lar, junto com seus irmãos e irmãs (na fé), começar a implementar o programa da organização …” Em 2005, um tal de Ahmed publicou na Internet um ensaio em que afirma que a “Al Qaeda é uma universidade para estudantes do Jihad”. Qualquer um que saiba árabe e pesquisar na Internet pode aprender o necessário para fazer a sua guerra.

O livro será publicado dentro de alguns dias numa edição em alemão por Klepenheur & Witsch. Será leitura obrigatória: “The New Al Qaeda -:An Inside Look at an adaptive terror network” (“A nova Al Qaeda- a adaptável rede de terror vista por dentro”).

 

 

* Jornalista brasileiro correspondente em Israel

 


 

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Bernardo Santoro

Bernardo Santoro

Mestre em Teoria e Filosofia do Direito (UERJ), Mestrando em Economia (Universidad Francisco Marroquín) e Pós-Graduado em Economia (UERJ). Professor de Economia Política das Faculdades de Direito da UERJ e da UFRJ. Advogado e Diretor-Executivo do Instituto Liberal.

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